Homem-chave em caso de petista assassinado se mata; MP apura conexão

Esquarcini. que se suicidou neste domingo (18), foi o responsável pela “instalação do sistema de câmeras de vigilância no local do crime”

A Polícia Civil do Paraná confirmou a morte de Claudinei Coco Esquarcini, um dos homens-chave do caso do guarda municipal e militante petista Marcelo Arruda, que foi assassinado por um bolsonarista em Foz do Iguaçu no dia 9 de julho. Esquarcini se suicidou neste domingo (18), ao se jogar de um viaduto em Medianeira, a 50 quilômetros de Foz. Ministério Público e Polícia Civil apuram se há conexão entre as duas mortes.

A execução de Arruda, em plena comemoração de seu aniversário de 50 anos, chocou o Brasil. A festa tinha como tema motivos petistas. Ciente da temática política, o policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, apoiador de Bolsonaro, foi ao local e ameaçou Arruda. Ele chegou a ir embora, mas voltou à festa para matar o petista.

Segundo o portal UOL, Esquarcini, de 44 anos, era “diretor da associação onde ocorreu a festa” e foi o responsável pela “instalação do sistema de câmeras de vigilância no local do crime”. A defesa – que representa a família de Arruda – cobra diligências complementares à 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, além busca e apreensão do celular de Esquarcini, que era amigo do assassino. “Há risco de destruição de provas e as medidas e diligências requeridas são de natureza urgente”, afirmam os advogados.

Nesta segunda (18), o procurador Rodrigo Chemim, do Ministério Público do Paraná, afirmou que o assassinato de Arruda “teve evidente motivação política”, contrariando a conclusão do inquérito policial. Na sexta, a delegada responsável pelo inquérito, Camila Cecconelli, afirmou que houve apenas “motivo torpe”.

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