Lula quer regulamentar a isonomia salarial entre homens e mulheres

Pesquisa Ipec aponta que Lula tem melhor desempenho eleitoral contra Bolsonaro entre as mulheres: 51% a 40%

Em mais um compromisso com o eleitorado feminino, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que, caso seja eleito à Presidência da República, seu governo vai enfrentar a desigualdade de gênero no mercado de trabalho. A promessa foi feita nesta terça-feira (25), durante entrevista do ex-presidente à rádio Nova Brasil FM.

Uma das prioridades de um terceiro governo Lula, segundo o petista, será a regulamentação da isonomia salarial entre homens e mulheres. Embora garantido na Constituição, o direito é ignorado por empregadores dos mais diversos setores econômicos. Lula quer que esse avanço seja um marco de um novo ciclo progressista.

Embora a isonomia seja uma bandeira histórica da esquerda, a pauta ganhou força na campanha eleitoral de 2022 com a candidatura de Simone Tebet (MDB). Ao declarar apoio a Lula no segundo turno, Tebet incluiu a isonomia entre as cinco pautas apresentadas à coligação Brasil da Esperança.

“A Constituição tem como princípio que o homem e a mulher devem ganhar salário igual se exercerem a mesma função. Nós vamos regulamentar essa lei”, declarou Lula. “Não é justo que a mulher seja tratada como cidadã de segunda classe. Se ela faz (o trabalho) que nem o homem, ela tem de ganhar igual ao homem.” Confirme o ex-presidente, há casos em que a mão de obra feminina é “mais competente” que a masculina, sem ser recompensada à altura na remuneração.

Pesquisa Ipec divulgada nesta segunda-feira (24) aponta que Lula tem melhor desempenho eleitoral entre as mulheres do que no conjunto do eleitorado. Em todo o País, o ex-presidente supera o atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL), por 50% a 43%. Já no eleitorado feminino, Lula abre 11 pontos de vantagem: 51% a 40%.

Na entrevista, o petista também reiterou que vai isentar do imposto de renda as famílias que recebem até R$ 5 mil, além de facilitar a negociação das dívidas dos brasileiros. “Hoje, 80% das famílias estão endividadas – às vezes no cartão de crédito, às vezes em compras no varejo, etc. Nós vamos discutir – tanto com o varejo quanto com o sistema financeiro – como a gente pode limpar o nome dessas pessoas no Serasa, para que essas pessoas possam voltar a andar de cabeça erguida.”

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