Pressão da UNE, Ubes e ANPG resulta em vitória para bolsistas da Capes
Nesta quinta-feira (8), quando as entidades realizavam ato conjunto em Brasília, em frente à sede do MEC, o ministro Victor Godoy anunciou a liberação de verbas
Publicado 09/12/2022 08:51 | Editado 10/12/2022 20:12
A mobilização conjunta da União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG) jogou papel importante para barrar os cortes de verbas do Ministério da Educação (MEC).
Nesta quinta-feira (8), quando as entidades realizavam ato conjunto em Brasília, em frente à sede do MEC, o ministro Victor Godoy anunciou a liberação de R$ 460 milhões para despesas discricionárias do ministério.
“Desse valor, já foram viabilizados R$ 300 milhões para o repasse de recursos às entidades do MEC, destacando-se o pagamento de 100% da bolsa assistência estudantil, bolsas PET, bolsa permanência Prouni, entre outros”, escreveu no Twitter Godoy.
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Dessa forma, as entidades tornaram possível o pagamento dos mais de 200 mil bolsistas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
“Nossa pressão deu resultado! O ministro da Educação acabou de anunciar a liberação da verba do orçamento do MEC para as despesas discricionárias e se comprometeu em pagar as bolsas CAPES até dia 13. Estamos vigilantes e mobilizados até lá! #PagueMinhaBolsa”, postou a UNE na rede social.
A presidente da entidade, Bruna Brelaz, avisou que a pressão vai continuar até que a bolsa de todos os estudantes e o dinheiro da educação seja completamente recomposto. “Não vamos sofrer com a má gestão nem calote de um governo desastroso como o do Bolsonaro. Com estudante não se mexe!”, disse.
“Ministro da educação anuncia a liberação da verba do orçamento do MEC e assume o compromisso de pagar as bolsas até o dia 13. Vamos seguir atentos até que o depósito seja efetivado”, advertiu a presidente da Ubes, Jade Beatriz.
“Atenção! Conquistamos uma vitória importante, mas teremos outras batalhas!”, festejou o presidente da ANPG, Vinícius Soares.
Ação
Na quarta-feira (7), as mesmas entidades ingressaram com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o bloqueio de R$ 344 milhões das instituições federais, todas sem condições de funcionamento.
Diante da ação, o ministro do Supremo Dias Toffoli deu prazo máximo de 72h para o governo de Jair Bolsonaro (PL) explicasse o que impede o pagamento de mais de 200 mil bolsas destinadas a estudantes.