Bienal da UNE promove refundação popular do MinC com Margareth Menezes

A entidade dos estudantes entregou uma carta para a ministra com propostas para o setor como a reconstrução dos pontos de cultura.

Ministra da Cultura, Margareth Menezes, ladeada pela presidente da UNE, Bruna Brelaz. Foto: Giovanna Andriolli/Arquivo UNE

Na tarde dessa sexta-feira (3), foi realizado um ato de refundação popular do Ministério da Cultura (MinC) na Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE) com a presença da titular da pasta, Margareth Menezes.

A refundação do Ministério da Cultura também contou com a participação da deputada federal reeleita pelo PCdoB-RJ, Jandira Feghali; Alexandre Santini, presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa; Maria Marighela, presidenta da FUNARTE; e Leandro Grass, presidente do IPHAN.

Bruna Brelaz, presidenta da UNE, iniciou o ato lembrando a importância dos estudantes brasileiros na defesa da cultura, da educação e da democracia. Segundo a líder estudantil:

“Nesses últimos quatro anos, os estudantes brasileiros resistiram e defenderam a cultura, a educação e a democracia. Hoje estamos reunidos aqui neste ato de refundação do MinC, que não seria possível se não fossem os estudantes do Brasil. Essa refundação não seria possível se não fosse o amor do povo brasileiro pelo nosso país. Nós livramos o nosso povo daquilo que é mais perverso, daquilo que se proliferou e achou que poderia ter voz, mas nós demos um recado importante: não se pode mexer com a democracia, não se pode mexer com a cultura”.

A entidade dos estudantes entregou uma carta para a ministra com propostas para o setor como a reconstrução dos pontos de cultura. Margareth Menezes reiterou o compromisso do governo Lula com o resgate da cultura nacional:

Leia também: Ministras Luciana Santos e Nísia Trindade participam de debate na Bienal da UNE

“Nós vamos refundar, estabilizar e eternizar o Ministério da Cultura neste país. E nós vamos fazer isso juntos porque a cultura no Brasil é essa pluralidade e diversidade. Precisamos de estabilização das políticas públicas para o setor cultural e, para essa luta, cultura deve ser política de Estado. O Ministério da Cultura é um lugar de ações que geram transformação, fortalecimento econômico e social, e consciência política. Vamos retomar todas as ações positivas que começaram nos primeiros governos do presidente Lula, nas gestões dos ministros Gilberto Gil e Juca Ferreira”, disse.

Margareth Menezes ainda ressaltou a grande relevância do setor cultural brasileiro no território nacional e no âmbito internacional. De acordo com a ministra:

Foto: Giovanna Andriolli/Arquivo UNE

“A cultura no Brasil nunca foi e nunca será supérflua. O setor cultural no nosso país representa 5 milhões de brasileiros e brasileiras que sobrevivem da cultura. Não precisamos comprovar que somos capazes, temos a sétima cultura mais influente do mundo, mas o nosso investimento sempre foi o menor entre todos os ministérios”.

A ministra da Cultura também fez questão de saudar a força da juventude e a história de luta dos estudantes brasileiros em defesa da democracia:

“Quando a juventude se encontra já é a própria transformação, o próprio futuro no presente, porque vocês trazem sonhos e realizações. Nós sonhamos com um Brasil melhor e tivemos a coragem de lutar, alguns até de morrer, para que as portas da esperança não se fechassem. Para que a UNE continuasse existindo, jovens morreram lutando por liberdade e justiça, pelo direito legítimo do povo brasileiro de viver a verdadeira democracia, afirmou Margareth Menezes”.

Autor