Câmara vai processar as big techs por ataques contra parlamentares

Serão alvos da ação Google, Meta (dona do Facebook e Instagram) e Twitter. O presidente da Casa, Arthur Lira, disse que estão reunindo provas sobre ameaças aos deputados

Arthur Lira (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse à GloboNews que a Advocacia-Geral da União (AGU) será acionada para que a Casa processe as grandes empresas de tecnologia pelos ataques contra parlamentares durante a votação do projeto (2630/20) que cria a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, o chamado PL das Fake News.

Serão alvos da ação Google, Meta (dona do Facebook e Instagram) e Twitter. No momento, afirmou Lira, o trabalho é reunir provas sobre ameaças aos deputados e assessores.

O presidente da Câmara considerou “desumana e mentirosa” a versão de que os parlamentares aprovariam um projeto de “mordaça e censura”.

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“Independentemente do que politicamente os deputados pensam, as big techs ultrapassaram todos os limites da prudência (…) No direito comparativo, vamos procurar todos os meios responsabilizando pelo ato quase de horror que eles fizeram sobre a Câmara. A Câmara vai agir”, assegurou.

Lira disse que o projeto deve voltar à pauta dentro de algumas semanas. Nesse período, de acordo com ele, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), relator da matéria, continuará trabalhando no texto.

O relator ficou de analisar as mais de 90 emendas apresentadas desde a divulgação do último parecer e elaborar uma nova versão do relatório.

“Esse projeto é polêmico. Ele pode ser fatiado, ele pode ser discutido, ele pode voltar a ganhar fôlego. As coisas são cíclicas. A maioria dos deputados não trabalha com radicalismo. Só falta que tenham a tranquilidade de entender o texto em sua plenitude”, afirmou.

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