Prévia da inflação de junho sobe 0,04%, diz IBGE

Em 12 meses, a taxa acumulada é de 3,40%; Dados do IPCA-15 mostram que resultado é motivado pelo aumento nos preços de taxas de água e esgoto

Foto: Fabbinho/SEHAB/Governo de São Paulo

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, subiu 0,04% em junho deste ano. A taxa é inferior a 0,51% de maio deste ano e 0,69% de junho do ano passado. 

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (27) mostram que o IPCA-15 acumula taxa de 3,16% no ano e 1,12% no segundo trimestre (IPCA-E). Em 12 meses, a taxa acumulada é de 3,40%, abaixo dos 4,07% acumulados até maio. 

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis tiveram alta em junho. E além dos Transportes, outros dois grupos registraram queda: Alimentação e bebidas (-0,51%) e Artigos de residência (-0,01%). Os demais grupos ficaram entre 0,04% de Educação e 0,79% de Vestuário.

Água, luz e esgoto

O principal responsável pela alta de preços vem do grupo Habitação (0,96%). O resultado foi influenciado por reajustes nas taxas de água e esgoto (3,64%) aplicados em quatro áreas de abrangência do índice: Recife (11,20%), São Paulo (9,56%), Belém (8,33%) e Curitiba (8,20%).

Já a energia elétrica, que subiu 1,45% em junho, teve reajustes em quatro regiões: Belo Horizonte (9,15%), Recife (8,21%), Fortaleza (2,2%) e Salvador (1,84%).

Transportes e alimentação em queda

Considerados “vilões da inflação” em meses passados os dois registraram grandes quedas em junho. Em Transportes (-0,55%), a deflação foi puxada pelos combustíveis (-3,75%): gasolina (-3,40%), óleo diesel (-8,29%), etanol (-4,89%) e gás veicular (-2,16%). Além disso, os preços do automóvel novo caíram 0,84% e contribuíram com -0,03 p.p. no índice do mês. Já os preços das passagens aéreas tiveram uma alta significativa de 10,70%, após queda de 17,26% em maio.

Alimentação e bebidas (-0,51%) registrou deflação no mês de junho, após alta de 0,94% no mês anterior. A alimentação no domicílio caiu de 1,02% em maio para -0,81% em junho, influenciada pelo óleo de soja (-8,95%), frutas (-4,39%), leite longa vida (-1,44%) e carnes (-1,13%).

Em relação aos índices regionais, quatro áreas tiveram alta em junho. A maior variação foi registrada em Recife (0,45%), por conta das altas da energia elétrica residencial (8,21%) e da taxa de água e esgoto (4,61%). Já a menor variação se deu em Goiânia (-0,66%), influenciada pela queda de 4,42% da gasolina.

Veja abaixo a variação dos grupos em junho:

  • Alimentação e bebidas: -0,51%
  • Habitação: 0,96%
  • Artigos de residência: -0,01%
  • Vestuário: 0,79%
  • Transportes: -0,55%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,19%
  • Despesas pessoais: 0,52%
  • Educação: 0,04%
  • Comunicação: 0,11%

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com informações do IBGE
Edição: Bárbara Luz

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