Direita vence eleições, mas não consegue formar governo na Espanha

Resistência da esquerda surpreende e impede ascensão da extrema-direita, que perdeu 19 assentos. Sem maioria absoluta, no entanto, caos político pode durar semanas no país

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O Partido Popular, liderado por Alberto Nuñez Feijoó, venceu as eleições neste domingo (23) na Espanha e conquistou 136 cadeiras no Parlamento. No entanto, chefiada pelo Vox, a extrema-direita não conseguiu os votos suficientes para Feijoó conseguir formar um governo de coalizão

A extrema-direita chefiada pelo Vox, de Santiago Abascal, encolheu e conquistou apenas 33 assentos, 19 a menos do que tinha antes. O resultado deixa a coalizão com 169 votos, sete a menos do que era necessário.

  • Partido Popular – 136 assentos no Parlamento – 33% dos votos
  • Partido Socialista – 122 assentos – 31,7% dos votos
  • Vox – 33 assentos – 12,39% dos votos
  • Sumar (união de partidos de esquerda) – 31 assentos – 12,31% dos votos

Inesperada, a resistência da esquerda, formada pelo Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e o Sumar, conquistou 122 e 31 votos, respectivamente, somando 153 assentos. Depois do resultado, o clima na sede do PSOE, era de celebração. “A Espanha deu um recado de que o bloco que representa o retrocesso fracassou”, disse Sánchez. “Somos muitos mais os que querem que a Espanha avance”, declarou.

A esquerda temia uma derrota arrasadora depois das eleições municipais em 28 de maio, quando o tradicional PP se aliou com a extrema-direita pela primeira vez, conquistando inúmeros o governo de várias regiões antes lideradas pelo PSOE.

Com o resultado, nenhuma coalizão ampla de direita e nem todos os partidos de esquerda juntos conseguiram votos suficientes para formar maioria absoluta.

Mesmo não atingindo a maioria, Alberto Feijoó reivindica que seja autorizado a assumir o governo. A esquerda resiste a ideia, no entanto, em um caos político que pode até mesmo ter que convocar novas eleições.

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