A queda de Qin Gang, uma possível história de amor e traição

Uma fonte bem situada em Pequim, ouvida sob a condição de anonimato, informou o que seria a causa da queda do até então poderoso dirigente.

A repentina substituição de Qin Gang, Ministro de Relações Exteriores da China e sua substituição por Wang Li provocou toda sorte de rumores. Visando atacar a China e sua liderança, vozes da mídia hegemônica acusam o país de “falta de transparência”, quando na verdade assuntos deste tipo são tratados com extrema cautela em qualquer país cioso de sua soberania. O que acontece, realmente, nos salões da Casa Branca, por exemplo, está muito distante das versões pasteurizadas servidas ao público e muitas vezes passam-se décadas até que se conheça a verdade, quando se trata de eventos ligados à segurança nacional. E a demissão de Qin Gang parece se enquadrar justamente nesta moldura.

Uma fonte bem situada em Pequim, ouvida sob a condição de anonimato, informou o que seria a causa da queda do até então poderoso dirigente.

Segundo esta fonte, Qin Gang, que é casado, apaixonou-se pela famosa apresentadora de TV de Hong Kong, Fu Xiaotian, como já está amplamente divulgado. Fu Xiaotian, apesar de chinesa, tem grandes ligações com o Ocidente. Começou sua carreira em Londres e já foi premiada pelo Estado italiano com a “Ordem da Estrela da Itália”. Ocorre que o caso entre os dois foi descoberto pelo serviço de inteligência dos EUA, que recrutou Xiaotian. Apaixonado, Qin Gang compartilhava com sua amante detalhes restritos da política externa chinesa que imediatamente eram comunicados a Washington.

Além dos evidentes prejuízos em termos de táticas de Estado sendo antecipadas para inimigos, a China, segundo a fonte que nos passou a informação, considerou o caso humilhante, principalmente porque foram os serviços secretos da Federação Russa que descobriram o vazamento e sua origem (Qin Gang), alertando Pequim.

Não se sabe até que ponto Qin Gang comprometeu segredos importantes, mas de qualquer maneira não deixa de ser um revés e um desgaste para a China, caso esta versão seja a verdadeira. Por outro lado, episódios correlatos, a maioria desconhecidos pelo público, não são incomuns. A luta das respectivas inteligências internacionais por se antecipar aos fatos não é feita apenas de vitórias do imperialismo, pelo contrário, e a China saberá, sem dúvida, extrair lições do acontecido.

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