Luciana Santos defende papel fundamental da Ciência para reindustrialização

Em reunião do Comitê de líderes da MEI, a ministra reiterou que MCTI E BNDES vão investir mais de R$ 106 bilhões para desenvolver a política industrial nos próximos quatro anos

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos | Foto: Luara Baggi/Ascom

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, defendeu, nesta sexta-feira (4), o papel fundamental da Ciência para uma nova política industrial e reiterou que mais de R$ 106 bilhões serão investidos neste setor nos próximos quatro anos, em ação conjunta do BNDES e MCTI. Desse montante, R$ 41 bilhões provêm do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). As afirmações foram feitas em São Paulo, durante reunião do Comitê de líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI).

Os investimentos fazem parte da retomada das políticas industriais no sentido da reinserção do País nas cadeias mais dinâmicas da economia global, com vista à superação do atraso produtivo e tecnológico e do estímulo e apoio à inovação empresarial através da ação do Estado.

“Um país com uma indústria pujante, intensiva em tecnologia e inovação, como resultado de subsídios, estímulos e investimentos, gera melhores oportunidades de emprego e renda e demanda por qualificação para os trabalhadores”, explicou a ministra. “Esse é o objetivo do governo Lula ao articular a política industrial com a política de ciência, tecnologia e inovação”, completou.

Investimentos

Os recursos serão investidos na forma de subvenção econômica e crédito em instrumentos de estímulo à inovação nas empresas. Do montante de R$ 41 bilhões do FNDCT, R$ 25 bilhões são recursos de crédito para projetos de inovação nas empresas.

Além disso, os valores não-reembolsáveis somam R$ 16 bilhões, sendo que R$ 10 bilhões se destinam à subvenção econômica e programas de investimento em empresas de base tecnológica e startups. Os R$ 6 bilhões restantes serão direcionados a projetos de cooperação entre empresas e Instituições de Ciência e Tecnologia, abarcando ações da Embrapii, parques tecnológicos e incubadoras de empresas.

Lei do Bem

Outro ponto destacado pela ministra foi o potencial da Lei do Bem, considerada o principal instrumento de estímulo às atividades de PD&I nas empresas brasileiras, que alavancou investimentos de cerca de R$ 27 bilhões em 2021.

“A julgar pelo número de empresas que já enviaram informações para o MCTI, poderemos ter um incremento de 37% dos recursos alavancados pela Lei do Bem no ano passado, representando o maior aumento desde a criação da Lei em 2005”, adiantou a ministra.

Reunião MEI

Ao abrir a reunião o presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Robson Braga de Andrade, se despediu e agradeceu o trabalho de todos ao longos de 13 anos e salientou a importância da Embrapii e do FNDCT para o desenvolvimento do país. “Uma das melhores criações da MEI foi a Embrapii, uma realidade fundamental para o desenvolvimento da inovação e pesquisa no Brasil”, disse. “O FNDCT também é essencial para financiar projetos inovadores ”, completou.

Já o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, enalteceu o trabalho do MCTI, salientou o novo ambiente macroeconômico positivo no Brasil e elencou desafios a serem enfrentados como a busca do protagonismo brasileiro na questão climática, a transição energética e mudanças na relação entre público e privado.

__
Fonte: MCTI
Edição: Bárbara Luz

Autor