Seminário enfatiza sinergia de conhecimento para desenvolvimento da Amazônia

Encontro organizado pela Seppe durante Diálogos Amazônicos neste sábado (5) reuniu pesquisadores e especialistas em biodiversidade e bioeconomia

Foto: Rodrigo Cabral

Neste sábado (5), o Hangar Centro de Convenções em Belém (PA) foi palco do seminário intitulado “Uma agenda científica para o desenvolvimento sustentável da Amazônia”. A abertura do evento, parte integrante dos Diálogos Amazônicos, pré Cúpula da Amazônia, foi marcada pela ênfase na importância da sinergia de conhecimento para o avanço da região.

A secretária da Secretaria de Políticas Programas Estratégicos (SEPPE/MCTI), Márcia Barbosa, ressaltou o compromisso do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação com o Programa Amazônia (Pro Amazônia), buscando alinhar as necessidades das populações amazônidas e indígenas com as capacidades da pasta. A busca por essa conexão entre ciência, políticas públicas e comunidades locais é fundamental para o progresso sustentável da Amazônia.

A cerimônia de abertura contou com ilustres participantes, incluindo o arquiteto e climatologista Carlos Nobre, que enfatizou a importância da preservação da região não apenas para a própria Amazônia, mas também para uma rede integrada de interesses.

“Nosso desafio de impedirmos a destruição da Amazônia não só pela economia tradicional. Nós precisamos zerar o desmatamento, as queimadas, a destruição e criarmos grandes projetos para a restauração florestal e mostrarmos uma bioeconomia de floresta em pé que beneficia muito mais que a Amazônia, mas também protege a biodiversidade, protege os povos originários locais e traz um ganho econômico para todos os países que integram a Amazônia”, disse.  “A ciência e tecnologia tem um papel essencial e urgente para soluções sustentáveis para a Amazônia”, completou.

Rodrigo Rollemberg, secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), indicou os esforços do governo federal para fortalecer a ciência, tecnologia e inovação, com foco na recomposição do FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) como peça chave para o avanço sustentável do país.

“A recomposição do FNDCT é fundamental para o desenvolvimento do país”, disse e completou afirmando que o país tem um grande desafio para a bioeconomia e a Amazônia. “Temos que integrar empresas, comunidades, universidades para gerar renda e melhoria da qualidade de vida das pessoas e a ciência tem um papel fundamental para o desenvolvimento e execução dessas políticas públicas”. “Estamos dispostos para melhorar essa integração para melhorarmos o desenvolvimento da Amazônia”, finalizou o secretário do MDIC.

O primeiro dia do evento também apresentou painéis dedicados à biodiversidade e bioeconomia. Palestrantes como Joice Ferreira, pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental, enfatizaram a importância do debate e das propostas para o desenvolvimento local, bem como para a criação de políticas públicas que promovam o crescimento, o fortalecimento e o enriquecimento das comunidades amazônicas.

Joice Ferreira, pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental, que abordou o tema “Bioeconomia de Florestas em Pé e Rios Fluindo”, considerou o encontro fundamental para o debate sobre os avanços para a região, destacando a importância das discussões para a construção de conhecimento científico e o uso sustentável da biodiversidade.

Ima Vieira, representante da presidência da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), participante do segundo painel sobre diversidade, ressaltou as propostas apresentadas no evento. “A diversidade biológica da Amazônia é enorme e o debate mostrou uma série de iniciativas e de propostas para que a gente avance num programa integrado com diversos órgãos e sociedade para o conhecimento e uso sustentável da biodiversidade”.

A secretária do MCTI, Márcia Barbosa, avaliou positivamente o encontro, destacando a participação não apenas de investigadores investigadores, mas também da sociedade em geral, incluindo indígenas e população local. Ela enfatizou a construção de uma verdadeira sinergia de conhecimento, com diversos atores confiantes para moldar o novo panorama da região.

O seminário trouxe à luz a harmonia da colaboração entre ciência, tecnologia, sociedade e governo para promover um desenvolvimento sustentável na Amazônia. As discussões e propostas propostas no evento refletem a busca por soluções inovadoras e equitativas, visando proteger a biodiversidade, os povos originários e os interesses médicos dos países amazônicos. O segundo dia do evento promete trazer mais debates e reflexões sobre o futuro da região e suas perspectivas de crescimento sustentável.

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Fonte: MCTI
Edição: Bárbara Luz

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