Bancos renegociaram mais de 8 bilhões com o Desenrola Brasil, diz Febraban

Federação confirmou que mais de 5 milhões de nomes tiveram seu nome limpo. Programa foi criado para promover um mutirão de renegociação de dívidas de pessoas físicas

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Em quatro semanas, o Desenrola Brasil possibilitou a renegociação de R$8,1 bilhões em dívidas. Os dados são da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e foram divulgados nesta quarta (16).

De acordo com a Febraban, mais de 1,296 milhão de contratos foram renegociados, beneficiando cerca de 985 mil pessoas.

Promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o programa “Desenrola Brasil’ foi criado para promover um mutirão de renegociação de dívidas de pessoas físicas. A ideia central é tirar pessoas da lista de negativados, retomando o potencial de consumo da população.

Os números dizem respeito a Faixa 2 do Desenrola — em que débitos bancários são negociados por bancos em condições especiais. São incluídas dívidas de clientes com renda superior a 2 salários mínimos e menor que R$ 20 mil e que não estejam incluídos no Cadastro Único.

“Os números do Desenrola falam por si e são uma grande satisfação para todos, bancos, governo e a sociedade. A grande adesão e o interesse pelo programa na Faixa 2 são uma amostra do que virá em setembro, com a Faixa 1”, avaliou o presidente da Febraban, Isaac Sidney.

Segundo a Febraban, mais de 5 milhões de clientes tiveram o nome limpo. No âmbito do Desenrola, cada banco adota políticas próprias para renegociação. As condições são diferenciadas e cabe a cada instituição financeira que aderir ao programa defini-la.

Desenrola pode renegociar R$50 bilhões

De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o governo espera que o programa Desenrola Brasil renegocie R$ 50 bilhões em dívidas bancárias até o final do ano.

“Liberamos R$ 50 bilhões (em crédito presumido) para que o setor bancário faça as renegociações, no sistema de balanço financeiro. O estímulo para o banco é ter o valor da renegociação como crédito presumido com o governo. Se o desconto para a pessoa for de R$ 7 mil, o crédito para o banco será de R$ 7 mil”, declarou o ministro, em entrevista dada ao programa “Bom dia, ministro”, da EBC, no último dia 2.

“Se tem uma coisa que é verdade no Brasil é que as pessoas têm muito apreço por manter o seu nome, mas, com essas taxas de juros, nem sempre conseguem”, afirmou o ministro. “O governo, pela primeira vez, está fazendo um amplo programa para equacionar esse problema e permitir às famílias que voltem ao consumo de maneira sustentável”, ressaltou.

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