Setor empresarial tem lista de prioridades para Conselho do Brics 

Conselho Empresarial do Brics se reúne dias antes da cúpula de chefes de Estado, que começa no dia 22. Delegação brasileira destaca dez demandas que levará para a África do Sul

Foto: Pixabay

O encontro da cúpula dos Brics, grupo de países que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, terá seu encontro anual entre os dias 22 e 24 de agosto.

Será o 15ª encontro já realizado com chefes de Estado e acontecerá em Joanesburgo, na África do Sul. O presidente Lula confirmou presença no evento.

Após o encontro, ele seguirá para agenda em Angola nos dias 25 e 26 e para São Tomé e Príncipe, no dia 27, onde participará do 14ª Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

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Mas antes do início oficial da cúpula, o Conselho Empresarial do Brics (Cebrics) se reúne a partir do dia 19. A delegação brasileira é organizada pelo Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A ideia é que os empresários dos países entreguem aos chefes de Estado um documento com recomendações. De acordo com a CNI, o Conselho Empresarial é formado por 25 empresas, sendo cinco membros de cada país. Atualmente, quem compõe o Conselho por parte do Brasil são Vale, WEG, Banco do Brasil, BRF e Embraer.

O Conselho conta com nove grupos de trabalho nas seguintes áreas: agronegócio, aviação, desenvolvimento de competências, desregulamentação, economia digital, energia e economia verde, infraestrutura, manufaturados e serviços financeiros.

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Abaixo seguem as dez demandas que a delegação de executivos brasileiros liderados pela CNI levará para discussão no Conselho Empresarial do Brics.

  1. Estabelecimento de acordo multilateral de serviços aéreos, considerando que os acordos bilaterais que já existem são restritivos para o transporte aéreo;
  2. Colaboração para o desenvolvimento de fertilizantes inteligentes, biofertilizantes e fertilizantes minerais, e de padrões para certificação de fertilizantes ecoeficientes;
  3. Desenvolvimento de padrões para 50 qualificações futuras, permitindo unificar critérios para competições internacionais e programas de treinamento entre os países;
  4. Criação de um fundo para financiar projetos de energia limpa no Novo Banco de Desenvolvimento (NDB);
  5. Cooperação para o desenvolvimento de infraestrutura digital que aumente a conectividade, inclusive em áreas remotas dos países do Brics; 
  6. Desenvolvimento de programas de competências digitais para meninas e mulheres;
  7. Elaboração de carteira de projetos prioritários de infraestrutura nos países do Brics para aumentar a visibilidade de financiamento; 
  8. Desenvolvimento de rotas comerciais com investimentos em portos de pequeno porte, ferrovias e transporte marítimo de curta distância, para diminuir a pegada de carbono; 
  9. Criação de plataforma de colaboração entre governo, setor privado e academia para buscar soluções para novos problemas de infraestrutura;
  10. Harmonização de padrões de regulação para produtos manufaturados, para facilitar a incorporação nas cadeias de valor.

*Com informações CNI