Mauro Cid, ex-ajudante de Bolsonaro, passa a colaborar com PF

GloboNews diz que o militar fez uma confissão para a PF que pode se transformar numa delação premiada. Isso porque ele entregou “informações importantes”

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Depois de dez horas de depoimento para a Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (28), o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, resolveu colaborar com a Polícia Federal (PF) nas investigações sobre ações golpistas e o caso das joias sauditas envolvendo o ex-presidente.

De acordo com o jornalista César Tralli, âncora da GloboNews, o militar fez uma confissão para a PF que pode se transformar numa delação premiada. Isso porque ele entregou “informações importantes”.

O fato é que o ex-ajudante passou dez horas depondo no âmbito do inquérito que investiga a suposta contratação de Walter Walter Delgatti para forjar a invasão de urnas eletrônicas.

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Num depoimento explosivo à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga os atos golpistas do 8 de janeiro, a CPMI do Golpe, o hacker contou que o ex-presidente lhe pediu para fraudar as urnas, ofereceu indulto caso fosse preso e ainda colocou à sua disposição os técnicos do Ministério da Defesa.

Além da deputada Carla Zambelli (PL-SP), que lhe levou até Bolsonaro, Delgatti contou que Mauro Cid também estava na reunião. A PF investiga se o tenente-coronel auxiliou no acesso do hacker a pasta da Defesa.

O ex-ajudante, que está preso por envolvimento na falsificação de cartão de vacina de Bolsonaro e familiares, também é acusado no caso das joias sauditas recebidas como presentes pelo ex-presidente e vendidas nos Estados Unidos. A defesa de CID já declarou que ele agiu a mando de Bolsonaro.

Cid também é investigado pela troca de mensagens golpistas com outros militares, conforme revelou a PF após ter acesso as mensagens no celular dele.

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