Mercado revisa crescimento da economia de 2,31% para 2,56% em 2023

Melhora na projeção, mostrada no Boletim Focus desta segunda (4), reflete avanço de 0,9% da economia brasileira no segundo trimestre, divulgado no final da semana pelo IBGE

Foto: Agência Brasil

Mais uma vez, o mercado financeiro revisou para cima, pela segunda semana seguida, a projeção de crescimento da economia brasileira para este ano, que passou de 2,31% para 2,56%, de acordo com o Boletim Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (4). 

O ânimo reflete o avanço de 0,9% do PIB no segundo trimestre, recém-divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) — o índice projeto por analistas era de 0,3%. Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, a economia brasileira cresceu 3,4%. O PIB acumula alta de 3,2% no período de 12 meses. E no semestre, a alta foi de 3,7%. 

“As previsões médias do mercado eram de um crescimento inferior a 1%. Portanto, em relação ao que estava sendo projetado para a economia brasileira no começo do ano pelo mercado, estamos com um crescimento três vezes superior ao que estava sendo pensado. Isso dá força para a agenda econômica”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à CNN, após o anúncio do IBGE. 

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O resultado repercutiu na Bolsa de Valores. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, opera em alta nesta segunda-feira, com subida de 0,30% pela manhã. Na sexta-feira (1º) o índice fechou em alta de 1,86%, acumulando 1,77% na semana e 1,86% no mês. 

Outro dado trazido pelo Focus diz respeito à taxa de juros. Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2023 em 11,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é que a taxa básica caia para 9% ao ano. Já para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,5% ao ano para os dois anos.

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Quanto à inflação, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — considerada a inflação oficial do país – teve elevação de 4,90% para 4,92%. Para 2024, a estimativa de inflação ficou em 3,88% e para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos.

Com agências

(PL)

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