Brasil convoca Conselho de Segurança da ONU para Palestina-Israel

Em nota o Itamaraty lamenta a “deterioração grave e crescente da situação securitária” entre os Estados. Brasil ocupa a presidência rotativa do Conselho

Conselho de Segurança da ONU. Foto: ONU/Eskinder Debebe

O Ministério de Relações Exteriores lançou uma nota neste sábado (7) em que diz que convocará reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para tratar o conflito entre Palestina e Israel. O Brasil ocupa a presidência rotativa do órgão.

No texto, o Itamaraty condenou bombardeios realizados hoje em Israel a partir da Faixa de Gaza e disse lamentar ”que em 2023, ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, se observe deterioração grave e crescente da situação securitária entre Israel e Palestina”.

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Confira a nota completa:

O Governo brasileiro condena a série de bombardeios e ataques terrestres realizados hoje em Israel a partir da Faixa de Gaza, provocando a morte de ao menos 20 cidadãos israelenses, além de mais de 500 feridos. Expressa condolências aos familiares das vítimas e manifesta sua solidariedade ao povo de Israel.

Ao reiterar que não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis, o Governo brasileiro exorta todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação.

Não há, até o momento, notícia de vítimas entre a comunidade brasileira em Israel e na Palestina.

O Brasil lamenta que em 2023, ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, se observe deterioração grave e crescente da situação securitária entre Israel e Palestina.

Na qualidade de Presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil convocará reunião de emergência do órgão.

O governo brasileiro reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Reafirma, ainda, que a mera gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão israelo-palestina, sendo urgente a retomada das negociações de paz.