Brasil condena de forma veemente bombardeio de hospital em Gaza

Nota oficial do Brasil exige de todas as partes envolvidas o respeito aos direitos humanitários de civis, permitindo o trabalho de atendimento a vítimas e refugiados.

Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, monitora a operação de resgate de brasileiros da área de conflito em Israel e Palestina, durante uma coletiva de imprensa no Itamaraty, ao lado do ministro da Defesa, José Mucio, e do comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Marcelo Damasceno - Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil

O governo brasileiro emitiu uma nota oficial nesta quarta-feira (18), condenando de maneira enfática o ataque aéreo que atingiu o hospital Ahli-Arab, localizado na Faixa de Gaza. O incidente ocorreu na noite de 17 de outubro e resultou em centenas de mortes. O governo expressou suas condolências aos familiares das vítimas e manifestou solidariedade ao povo da Palestina.

A nota oficial divulgada pelo governo brasileiro aborda as implicações humanitárias desse ataque, destacando a gravidade do ocorrido. Além de expressar pesar pelas vidas perdidas, o Brasil repudiou veementemente ataques a alvos civis, especialmente a estruturas de saúde. O governo instou as partes envolvidas no conflito a cumprir com suas obrigações de acordo com o direito internacional humanitário, que visa proteger civis e instituições médicas durante conflitos armados.

A nota evitou responsabilizar algum dos lados do conflito pelo ataque, preferindo fazer o apelo para que as partes em conflito cumpram com o respeito aos direitos de civis no conflito. Israel nega a autoria do bombardeio ao hospital e acusa os grupos armados da Palestina pelo erro de um míssel que explodiu antes de atingir seu objetivo em Israel. Organismos e governos exigem que Israel prove que não foi responsável pelo crime de guerra, o que se espera que seja apurado nos próximos dias.

Um dos principais apelos do governo brasileiro é o imediato estabelecimento de corredores humanitários e pausas que permitam a realização segura do trabalho de resgate dos refugiados e vítimas de ataques. A abertura desses corredores é essencial para garantir o fornecimento de água, comida, suprimentos médicos, combustível e eletricidade à população de Gaza, que enfrenta uma situação humanitária crítica.

Além disso, o Brasil insta que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha seja dado acesso aos reféns, possibilitando que a organização desempenhe seu papel como agente humanitário neutro. A nota também reforça o apelo para que os reféns sejam libertados.

Esse comunicado oficial do governo brasileiro demonstra a preocupação do país com a escalada de violência na região e seu esforço, expresso em proposta de resolução rejeitada pelos EUA no Conselho de Segurança da ONU, em apoiar medidas que visam proteger a vida dos civis e garantir o acesso a ajuda humanitária essencial.

O ataque ao hospital Ahli-Arab, que ocorreu em meio ao conflito entre Israel e Hamas, tem sido amplamente condenado pela comunidade internacional. Organizações humanitárias e autoridades de saúde alertam para as consequências devastadoras desse tipo de ataque, que prejudicam a capacidade de atendimento médico em uma área já sobrecarregada.

A situação na Faixa de Gaza é altamente volátil, e a busca por soluções diplomáticas e esforços para aliviar o sofrimento da população civil continuam sendo prioridades em todo o mundo. O governo brasileiro, através dessa nota oficial, se soma às vozes internacionais pedindo o fim da violência e um compromisso com o direito internacional humanitário.

Leia a íntegra da nota:

Nota oficial do governo brasileiro sobre o bombardeio de hospital em Gaza

O governo brasileiro condena, de forma veemente, o bombardeio que atingiu o hospital Ahli-Arab, na Faixa de Gaza, na noite de ontem, 17/10, provocando centenas de mortes. Expressa condolências aos familiares das vítimas e manifesta sua solidariedade ao povo da Palestina.

O Brasil repudia nos mais fortes termos ataques a alvos civis, sobretudo a estruturas de saúde, e exorta as partes no conflito a cumprir suas obrigações perante o direito internacional humanitário.

O Brasil reitera o apelo para o imediato estabelecimento de corredores e pausas humanitárias que permitam a condução em segurança do trabalho humanitário e o fornecimento de água, comida, suprimentos médicos, combustível e eletricidade a Gaza.

Insta também a que seja dado acesso do Comitê Internacional da Cruz Vermelha aos reféns para que possa desempenhar suas funções de agente humanitário neutro e reitera seu apelo a que os reféns sejam liberados.

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