Cenário positivo da economia pode levar a recorde de vendas no comércio

Com inflação e juros mais baixos, entidade do comércio estima que faturamento com a Black Friday pode ser de R$ 4,64 bilhões, o maior para a data no Brasil desde 2010

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os avanços registrados na economia neste ano devem aquecer as vendas da “Black Friday”, na próxima sexta-feira (24). A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta um faturamento de R$ 4,64 bilhões, 4,3% a mais do que em 2022, o que pode significar o maior volume de vendas para a data, trazida para o Brasil em 2010.   

A desaceleração da inflação é um dos fatores que devem impulsionar as vendas, segundo a CNC. No ano passado, de acordo com a pesquisa, os preços livres da economia acumulavam alta de 9,7%. Este ano, a variação é de 3%.  

A valorização de 7,5% do real ante o dólar é outro fator positivo, pois contribuiu para estratégias mais agressivas de preços por parte dos varejistas.  

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Os cortes recentes na taxa básica de juros por parte do Banco Central, que favorecem o crédito, representam outro motivador para as compras, principalmente de bens duráveis – geladeira, televisão e celular.  

“O início da flexibilização da política monetária a partir de agosto tende a distensionar o mercado de crédito em um evento caracterizado por um volume de vendas relativamente maior de bens duráveis – tradicionalmente mais dependentes das condições de crédito”, disse, à Agência Brasil, o economista da CNC, Fabio Bentes, responsável pelo levantamento. 

De acordo com a CNC, os segmentos de eletroeletrônicos e utilidades domésticas (R$ 1,28 bilhão) e de móveis e eletrodomésticos (R$ 1,05 bilhão) deverão responder por quase metade (48%) da movimentação financeira prevista. Na sequência, se destacam os ramos de hiper e supermercados (R$ 1,02 bilhão) e de vestuário, calçados e acessórios (R$ 0,73 bilhão). 

Com informações da Agência Brasil

(PL)

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