BNDES e Banco do Brics garantem R$ 8,5 bi para transição energética

Serão US$ 500 milhões para ações de combate às mudanças climáticas, além de US$ 1,2 bilhão para investimentos em infraestrutura sustentável

Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta quarta-feira (6), no Rio de Janeiro, acordos de parceria entre o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o Banco do Brics (New Development Bank). Os contratos de captação – que terão como foco projetos para a transição energética no Brasil e a descarbonização – totalizam US$ 1,7 bilhão (cerca de R$ 8,5 bilhões) em empréstimos para o banco brasileiro.

Tanto o setor público quanto a iniciativa privada podem pleitear recursos. Segundo o Planalto, serão US$ 500 milhões para ações de combate às mudanças climáticas, além de US$ 1,2 bilhão para investimentos em infraestrutura sustentável.

Durante a cerimônia de assinatura, Lula exaltou o papel do BNDES para a economia brasileira. “Temos a missão de fazer esse país voltar a crescer – e, para crescer, o BNDES é uma peça importante”, afirmou. De acordo com o presidente, é preciso convencer a sociedade e “nosso glorioso mercado” de que dívidas podem ser justificadas se forem “para construir um ativo produtivo”, “facilitar escoamento de produção” e “baratear as coisas que são produzidas”.

Os presidentes do BNDES, Aloizio Mercadante, e do Banco dos Brics, Dilma Rousseff, participaram da solenidade e também foram signatários dos contratos. “É uma parceria muito importante, já que a pressão de crédito é muito forte sobre os BRICS”, disse Mercadante. “Isso significa que temos mais perspectiva de investir em energia limpa e renovável – e vamos continuar avançando.”

Para o presidente do BNDES, apesar da “melhora importante no ambiente macroeconômico do Brasil” sob o governo Lula, “os extremos climáticos estão exigindo respostas mais urgentes e relevantes”. Os novos contratos preveem captação para projetos de energia renovável, transporte e logística, saneamento, mobilidade urbana, tecnologias da informação e comunicação (TIC), infraestrutura social, resíduos sólidos, equipamentos eficientes, cidades sustentáveis e florestas nativas.

Dilma, por sua vez, afirmou que o foco do Banco dos Brics é “investir em desenvolvimento sustentável e inclusivo”. A ex-presidenta brasileira também elogiou a parceria. “É um projeto bastante atrativo”, avaliou. “É um investimento dirigido para as questões ligadas a saneamento, saúde pública, educação, logística e também a toda a infraestrutura que permite a economia digital.”

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