General Heleno é intimado para depor sobre escândalo da Abin paralela

A PF suspeita que Heleno tenha envolvimento na tentativa de produzir provas a favor de Jair Renan no inquérito sobre tráfico de influência para beneficiar o setor da mineração

Foto: Carolina Antunes/PR

O general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi intimado pela Polícia Federal (PF) para depor sobre as suspeitas da existência de uma “Abin paralela” nos últimos anos.

Na condição de investigado, o militar deve depor na próxima terça (6) na sede da PF em Brasília. Os investigadores apuram se Heleno tinha conhecimento das supostas ações ilegais de Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Na gestão do ex-presidente Bolsonaro, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) era subordinada ao GSI.

Heleno foi um dos aliados mais próximos da família Bolsonaro e permaneceu no Executivo da última Presidência até o fim do mandato.

Uma das linhas da investigação é se o general exerceu algum papel na chamada “Abin paralela”, já que mantinha relação direta com o então diretor-geral do órgão, Alexandre Ramagem.

A PF suspeita que Heleno tenha envolvimento direto na tentativa de produzir provas a favor de Jair Renan, um dos filhos de Jair Bolsonaro, no inquérito sobre suposto tráfico de influência para beneficiar empresários do ramo da mineração.

Na época, um dos agentes da Abin chegou a seguir os passos de um ex-sócio do filho do presidente que também teria participado do esquema. A diligência teria sido solicitada pelo gabinete de Heleno no GSI.

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