Haddad diz que governo busca crescimento acima de 2% do PIB em 2024

Ministro da Fazenda destaca “marco das garantias” como fator para impulsionar crescimento. “Estamos confiantes de que poderemos ter um ano acima das expectativas”, comentou.

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O ministro da Fazenda Fernando Haddad afirmou, nesta terça (30), que o governo projeta um crescimento de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024. O titular da equipe econômica afirmou que o país “tem todas as condições” de apresentar uma alta superior as projeções do mercado.

“Os números de janeiro até aqui estão bastante razoáveis. A gente não gosta de ficar animado demais porque às vezes o último dia surpreende, às vezes é um mês só, mas nós entramos num ano em que podemos entrar acima das expectativas”, declarou em entrevista a jornalistas.

Nesta terça, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou um relatório com uma estimativa de crescimento de 1,7% do PIB para economia brasileira. O número é maior do que a estimativa de 1,5% apontada pela organização em outubro de 2023.

“Estamos trabalhando com crescimento superior a 2%. Uma das coisas importantes que estamos falando com os bancos, em geral, e com os bancos públicos, em particular, é que o marco de garantias vai mudar o padrão do crédito no Brasil. Tanto do crédito imobiliário, quanto do financiamento de veículos e bem duráveis em geral. Isso pode potencializar muito também o crescimento”, comentou o ministro.

Às vésperas da “super quarta”, quando o Banco Central e o Federal Reserve, dos EUA, divulgam as taxas de juros no mesmo dia, Haddad afirmou que espera uma “semana tranquila”.

Segundo o ministro, se o Federal Reserve cortar os juros dos EUA ainda no primeiro semestre, a taxa básica de juros no Brasil poderá ser menor do que está previsto atualmente.

“Eu penso que as notícias para o meio do ano são boas. Se isso acontecer [o início de corte de juros nos EUA] vai ser muito bom para o Banco Central, porque o horizonte dele [do BC] pode mudar relativamente para melhor”, afirmou.

O ministro, porém, ressaltou que, por enquanto, essa avaliação é especulativa.

“E isso pode projetar uma taxa de juros terminal, nesse ciclo de cortes, para além do que estamos imaginando hoje, mas isso são especulações, vamos avaliar como as coisas andam. Mas estou confiante de que podemos ter um ano muito bom, melhor do que as estimativas atuais”.

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