Exército veta promoção de Mauro Cid a coronel
Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro também é investigado por tentar vender joias do ex-presidente no exterior e por envolvimento em tentativa de golpe de Estado
Publicado 19/03/2024 14:52 | Editado 19/03/2024 15:25

O Exército brasileiro vetou a provocação do ex-ajudante de ordem de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. A força avalia a carreira da turma formada no ano 2000, a mesma de Cid.
Cid está sob investigação da Polícia Federal por suposta fraude em cartões de vacina e em inquéritos relacionados à venda de joias recebidas como presente por Jair Bolsonaro e uma tentativa de golpe de estado. Apesar disso, ele ainda buscou a promoção, enviando documentos para tal.
A avaliação para promoções é conduzida por um colegiado de 18 generais e depois é enviada ao comandante do Exército, General Tomás Ribeiro Paiva, para a decisão final. Segundo informações obtidas, Cid já recebeu um veto do grupo inicial, indicando que ele provavelmente não avançará na carreira.
Apesar dos escândalos em que está envolvido, o militar segue recebendo um salário mensal de aproximadamente R$ 27 mil das Forças Armadas.
De acordo com as regras, a suspensão definitiva dos vencimentos só ocorrerá se ele for condenado a mais de dois anos de prisão. Até o momento, ele permanece sob investigação.
Inicialmente, Cid foi afastado de cargos de comando e, posteriormente, de todas as funções quando foi preso. No entanto, continuará recebendo salário até o desfecho do julgamento judicial.