Setor farmacêutico apoia ação de governo e investirá R$ 16 bi até 2026

As empresas estão estimuladas com o programa Nova Indústria Brasil, lançado em janeiro passado, que tem o segmento como uma das missões específicas

(Foto: União Química/ Divulgação)

O setor farmacêutico no país está otimista com o atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e anuncia investimento de R$ 16 bilhões até 2026, 166% a mais do que foi investido no governo anterior.

As empresas estão estimuladas com o programa Nova Indústria Brasil, lançado em janeiro passado, que tem o segmento como uma das missões específicas.

Por intermédio do programa, que terá R$ 300 bilhões para financiamento, o governo vai construir um complexo econômico industrial da saúde resiliente para reduzir as vulnerabilidades do SUS e ampliar o acesso à saúde

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, a meta é ampliar a participação da “produção no país de 42% para 70% das necessidades nacionais em medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos, entre outros, contribuindo para o fortalecimento do SUS e a melhoria do acesso da população à saúde”.

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Em entrevista à Folha de S.Paulo, o presidente do Grupo FarmaBrasil, Reginaldo Arcuri, diz que o novo programa governamental terá forte apoio do BNDES.

“E nossas associadas estão atentas, buscando aumentar investimentos em centros de pesquisa, que vão impulsionar a ampliação do acesso à saúde e fortalecer a indústria nacional”, considera o presidente da entidade que congrega 12 das principais fabricantes nacionais.

Quanto aos investimentos de R$ 16 bilhões, o executivo diz que isso colocará as empresas de capital nacional na rota do desenvolvimento.

“É fundamental termos empresas tecnológicas e produzindo o que há de mais moderno no mundo. As empresas do grupo têm aportado entre 6% e 14% do faturamento líquido em inovação e tecnologia. E esse volume é considerável e vai trazer grandes resultados para o país”, diz Arcuri ao jornal.

Dos R$ 16 bilhões, R$ 7,5 bilhões serão destinados para pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos e R$ 8,5 bilhões na compra de máquinas, equipamentos e construção de novas fábricas.

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