Alexandre de Moraes analisa pedido de prisão de sobrinho de Bolsonaro

Léo Índio fugiu para Argentina após se tornar réu no STF por envolvimento nos atos golpistas. O pedido de prisão foi feito pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet

(Foto: Reprodução/Rede Social)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do inquérito sobre os atos golpistas do 8 de janeiro de 2023, analisa o pedido de prisão para Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio.

Nesta terça-feira (1º), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, que solicitou a prisão, diz que Léo Índio violou as medidas cautelares que deveria cumprir para responder o processo em liberdade.

O primo dos filhos mais velhos de Jair Bolsonaro fugiu para Argentina após se tornar réu no STF por envolvimento nos atos golpistas.

Em entrevista na última quarta-feira (26) para a Rádio Massa FM, de Cascavel (PR), Léo Índio disse que estava há 20 dias no país vizinho com medo de ser preso.

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Moraes deu prazo de 48 horas para que a defesa dele esclarecesse a fuga do Brasil para Argentina. Os advogados apresentaram um documento, assinado por um delegado de migração, garantindo moradia provisória para o fugitivo.

“Ao se evadir para a Argentina, Leonardo Rodrigues de Jesus deliberadamente descumpriu medida cautelar alternativa à prisão, a evidenciar sua insuficiência, o descaso com a aplicação da lei penal e desrespeito às decisões emanadas pelo Supremo Tribunal Federal”, afirma Gonet no pedido.

O sobrinho de Bolsonaro responde pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa, deterioração de patrimônio tombado da União, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União.

De acordo com a PGR, ele aparece em imagens na Praça dos Três Poderes no dia dos ataques aos prédios do STF, Câmara, Senado e Palácio do Planalto. Na ocasião, ele gravou vídeos vitimizando os golpistas, atingidos por bombas para dispersar a multidão.

“As informações revelam, além disso, que o denunciado também esteve envolvido em outras atividades de cunho antidemocrático, dentre elas as manifestações ocorridas em acampamentos erguidos após as eleições presidenciais de 2022, em frente a unidades militares”, acusa a PGR.

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