Metalúrgicos: campanha salarial esquenta
com mobilizações
A campanha salarial dos metalúrgicos do Rio prossegue com várias mobilizações pelas fábricas. A Firjan insiste em só querer discutir o reajuste de 3%, sem nenhum avanço nas cláusulas que são importantes para o trabalhador – PLR, ticket-refeição, plano de
Publicado 25/10/2006 21:06 | Editado 04/03/2020 17:06
No dia 25 pela manhã, o Sindicato dos Metalúrgicos do Rio paralisou mais uma empresa em Nova Iguaçu. Segundo Maurício Ramos, “o endurecimento da Firjan nas negociações está fazendo que os trabalhadores cruzem os braços em diversas empresas”.
“A proposta da FIRJAN, de reduzir todas as nossas reivindicações a um aumento de 3% e manutenção de todas as outras cláusulas, não condiz com a realidade do país. Nossa proposta de 13,9% compreende as perdas salariais, mas também aumento real e participação na produtividade das empresas. Se as negociações não avançarem até a próxima assembléia, vamos decretar greve na categoria, a partir das empresas que já estão mobilizadas”, disse Maurício.
Paralisações
Os trabalhadores da Ebse pararam suas atividades por cinco dias. A greve forçou a direção da empresa a voltar a receber a comissão de fábrica para negociar o reajuste salarial. O novo índice oferecido pela empresa foi de 7%, sendo 6% concedidos a partir de 1º de outubro e mais 1%, em janeiro. Os números foram aprovados pela assembléia, que já fechou o acordo com a fábrica.
A direção da Kabi marcou para o dia 31 de outubro a reunião de negociação com a comissão de fábrica. Entre os itens da pauta, estão a rediscussão do Plano de Saúde, PLR e alimentação no local de trabalho.
Na Eletromar, uma assembléia realizada no dia 24 reafirmou o estado de greve decretado pelos trabalhadores. Uma nova rodada de negociação será realizada. Na ocasião, serão discutidos o reajuste salarial, o pagamento de PLR e a revisão das demissões ilegais de trabalhadores, acometidos de doenças ocupacionais.
No próximo dia 6 de novembro, os trabalhadores realizarão nova assembléia, para discutir os resultados desta reunião. Segundo o diretor Severino, não foi afastada a possibilidade de uma greve na fábrica, caso as negociações não avancem.