Lula Morais culpa a privatização pelo aumento na energia elétrica

O deputado Lula Morais (PCdoB) foi a tribuna da Assembléia Legislativa para comentar as privatização feitas no País.Segundo ele, no período de 2001 a 2005, os índices que corrigem os valores das tarifas públicas aumentaram.

A tarifa de energia do Ceará é um dos exemplos. De acordo com o parlamentar, a unidade elétrica comprada à Chesf por cerca de R$ 60, 00, “o preço mais baixo que se tem no País”, é repassado à Coelce por R$ 153,00.



      
“Depois do apagão, houve a necessidade das termoelétricas que fornecem hoje para a Coelce cerca de 30% de energia produzida. O mais grave dessa informação é que o valor da unidade elétrica não é produzido completamente pela termoelétrica, que compra no leilão as vezes por R$ 24,00 e repassa a R$ 153, que por sua vez, joga na conta do consumidor. O contrato diz que a energia que deve ser comprada tem que ser do menor preço”, disse, lembrando a campanha da privatização da Coelce, “quando o Governo Estadual alegava que nós iríamos ter uma redução de tarifas, que o serviço iria melhorar, que o Estado iria reduzir gastos para poder aplicar na saúde, na segurança e na educação”, argumentou.



      
Na avaliação de Lula Morais, o mais importante foi o lucro da Coelce em 2005 que foi de 418%, passando a ter um lucro líquido de R$ 189 milhões. “A economia cearense está sob essa rédea, essa custódia que foi feita de forma bastante agressiva ao povo e ao nosso Estado. Empresários cearenses estão instalando empresas fora daqui por conta dos altos custos com a energia”, citou.



      
Em aparte, o deputado Fernando Hugo (PSDB), disse que quem tarifa e distribui energia nas empresas do país é a Agência Nacional de Energia Elétrica e não a Coelce. Já o deputado Moésio Loiola (PSDB) disse que quem sempre paga a conta é o consumidor, “mas quem tem que mexer na tarifa é a Aneel”.



      
Para o deputado João Jaime(PSDB) todo o sistema de energia no Brasil é integrado. “O presidente Lula, recentemente, concedeu aumento de 400% para o gás boliviano que é fornecido para termelétrica de Mato Grosso e por isso, todo o sistema brasileiro vai pagar uma parte pelo reajuste que o presidente deu. É responsabilidade do governo federal. Não é certo o Ceará pagar o preço majorado do gás da Bolívia. Isso não depende da Coelce, mas do governo federal”, afirmou o parlamentar.


 


Fonte: Coordenação de Comunicação da AL/Ce