Trabalhadores em Educação na luta pela valorização profissional
Esta sexta-feira é dia de muita luta para os trabalhadores em educação da rede estadual de ensino, em Pernambuco. Às 9hs, a categoria realiza uma assembléia geral na quadra do Instituto Educacional de Pernambuco (
Publicado 15/03/2007 17:39 | Editado 04/03/2020 16:59
Durante toda semana foram realizadas assembléias em quase todos os municípios de Pernambuco. A intenção foi construir uma radiografia de funcionamento das escolas estaduais, e parece que funcionou. O quadro são mais de 150 escolas com reformas inacabadas e ano letivo adiado, 120 em situação de aluguel – o que significa impossibilidade de reestruturação na estrutura-, além da costumeira falta de professores e assistentes administrativos, contratos de substitutos, falta de segurança e superlotação ou esvaziamento das turmas.
De acordo com Zélito Passavante, membro da Corrente Sindical Classista (CSC) e diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), esse quadro mostra o descaso e a falta de planejamento na área da educação na gestão anterior do Governo do Estado. “O governo Jarbas destruiu nossa educação. Está sendo necessário fazer um novo recadastramento porque não há um balanço sobre a situação educacional”, disse.
Após a assembléia, os quase cinco mil professores seguem em passeata até o Palácio dos Campos das Princesas onde, às 11h30, uma comissão se reúne com o Governo do Estado para entregar uma pauta de reivindicações da categoria. “A lei do Fundeb exige um piso salarial nacional. Já fizemos a proposta do nosso piso. Falta ser aprovado, mas queremos que enquanto isso o Estado construa uma política que possa ir equiparando o salário ao piso profissional nacional”, comentou Passavante, referindo-se ao Conselho de entidades da Confederação dos trabalhadores em educação – Cnte-, que reunidos em Brasília aprovaram a luta por um piso salário nacional de R$1.050 reais para uma jornada de 30 horas – equivalente a 150horas/aulas em Pernambuco- com o curso de magistério e o acréscimo de 50% (R$1.575) para os profissionais de nível superior, além de destinar no mínimo 30% da carga horária para aulas atividades.
Do Recife,
Manuella Bezerra de Melo