Estudantes da Uergs protestam em frente ao Palácio Piratini

Em frente ao Palácio, estudantes cantaram o hino do Rio Grande do Sul em ritmo de marcha fúnebre. Faixas com os dizeres “Universidade Estadual do RS está morrendo”, “UERGS tá na UTI” expressavam a intenção do protesto. Cruzes com os nomes dos municípios de origem dos alunos e personagens criativos como a “viúva do teatro” e a “viúva da dança”, assim como um caixão branco carregado por mulheres de preto, foram algumas das formas criadas pelos universitários para simbolizar o enterro dos cursos de licenciatura de Artes Visuais, Dança, Música e Teatro.

O trânsito ficou interrompido na avenida Borges de Medeiros, e nas ruas Salgado Filho, Jerônimo Coelho e Duque de Caxias. Por onde passavam, os estudantes recebiam o apoio da população, que saíam nas janelas e ganhavam as calçadas para aplaudir o ato de indignação. Até chuva de papel picado teve como demostração de solidariedade.

O objetivo era entregar um documento com as reivindicações e a situação da Uergs para a governadora Yeda Crusius. Ao chegarem no Palácio Piratini a Brigada Militar impediu que os estudantes entrassem. Passado alguns minutos, uma comitiva composta por deputados, entre eles, o deputado Raul Carrion (PCdoB) e representantes estudantis, foram recebidos pelo chefe da Casa Civil.

O caixão branco foi deixado na porta do Palácio. Enquanto a comitiva aguardava pela governadora, Yeda foi até a janela de seu gabinete e acenou para os manifestantes. Segundo o vice-presidente da União Nacional dos Estudantes no Estado, Rafael Simões, Záchia conversou com os representantes e recebeu o diagnóstico da universidade e um documento com o pedido de convênio entre a Fundação Municipal de Artes de Montenegro (Fundart) e o Governo do Estado.

Natália Vitória
Assessoria deputada Manuela D'Avila (PCdoB)