Cuba responsabiliza EUA por tentativa de seqüestro de avião

O governo cubano responsabilizou os Estados Unidos pela tentativa de seqüestro de um avião nesta quinta-feira (3), em ação que deixou um militar morto após um tiroteio entre os seqüestradores e as forças de segurança no aeroporto de Havana.

Em nota oficial, o governo afirmou que os dois seqüestradores, recrutas fugidos de uma instalação militar, foram detidos quando tentaram assumir o comando de uma aeronave civil, com o objetivo de levá-la aos Estados Unidos, depois de seqüestrar um ônibus com passageiros. “A responsabilidade por estes novos crimes recai sobre as máximas autoridades dos Estados Unidos”, diz o texto



Relatos oficiais confirmaram que os jovens fugitivos estavam armados com fuzis AK-47 e que, durante a fuga da unidade, no fim de semana passado, mataram o soldado e feriram outro.



Um comunicado do Ministério do Interior divulgado pela agência de notícias Prensa Latina informou que os dois homens, ambos detidos, “seqüestraram um ônibus de transporte urbano, tomaram como reféns vários passageiros e entraram com o veículo no terminal 1 do aeroporto internacional José Martí”.
 


Depois de entrar em um avião estacionado ali sem tripulantes, “os assassinos mataram um dos reféns, o tenente coronel das forças armadas Victor Ibo Acuña Velázquez, que estava desarmado”, acrescentou a agência.



Em Cuba, o último seqüestro aéreo aconteceu em abril de 2003, quando um homem com uma granada desviou a rota de um avião que fazia o trajeto Nova Gerona-Havana. Segundo versões extra-oficiais, o avião que foi invadido pelos seqüestradores é um Boeing-737, da companhia espanhola Hola Airlines, que acabava de chegar ao aeroporto de Havana procedente de Santiago de Cuba.


Da redação, com agências