Governo cria políticas de inclusão para homossexuais

O movimento homossexual é um dos segmentos sociais – a exemplo dos negros e indígenas – com que o governo do Estado vem travando uma série de discussões para a elaboração de políticas públicas de inclusão. Segundo Eduardo Benigno, do Grupo Homossexual

Uma das propostas é oferecer cursos de capacitação e profissionalizantes para as profissionais do sexo, dando-lhes condições de adquirir uma profissão. Os grupos de defesa dos homossexuais também enviaram ao governo um relatório solicitando que a Polícia Militar (PM) seja parceira, e não perseguidora, dos travestis. “Muita da violência sofrida nas ruas pelos gays é impingida por maus policiais, que espancam e extorquem essas pessoas”, diz.


 


Dentro da série de ações governamentais empreendidas em prol do segmento, o governo Ana Júlia Carepa apóia uma das principais atividades dos Movimentos Homossexuais: as paradas gay. Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém (RMB), marca o início da série de eventos este ano em todo o Estado. Organizações não-governamentais (ONGs), militantes e simpatizantes vão à ruas do segundo maior município do Pará neste domingo (20), para lutar contra o preconceito, a conscientização e direitos humanos.


 


Com o tema “Te amar eu ousaria”, a caminhada será puxada por três trios elétricos. Cerca de dez mil pessoas são esperadas no evento, que tem concentração a partir do meio-dia, na rua SN-17, uma das principais do conjunto Cidade Nova. A passeata, promovida pelas organizações não-governamentais GHP e Cidadania, Orgulho e Respeito (COR), deve sair às 16 horas, num percurso de pouco mais de cinco quilômetros, em direção ao estádio central da cidade, o Abacatão.


 


Prova de que as paradas gay são eventos que cada vez mais atraem participantes, não apenas homossexuais, foi a sexta edição do evento em Belém, ano passado, que reuniu um público estimado de 150 mil pessoas. O sucesso desse tipo de evento, segundo Benigno, é o fato de aliar diversão e consciência – em toda parada, além da divulgação das principais reivindicações do movimento, é feita a distribuição de preservativos. Em Ananindeua, serão distribuídas cinco mil camisinhas, numa parceria com a Secretaria Estadual de Saúde (Sespa).


 


As paradas gay de todo o Estado recebem apoio do governo, que garante a estrutura de segurança e saúde. “Estamos confiantes na diretriz deste governo de promover de fato a inclusão. Temos espaço e conseguimos colocar nossas reivindicações, num espaço que foi aberto como nunca tinha acontecido. Essa discussão é importante, pois representamos um segmento que sempre foi, historicamente, marginalizado”, conclui Benigno.


 


Fonte:
Agência Pará