Falta segurança nas agências, dizem bancários
O número excessivo de mortes em assaltos a banco pode levar o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre a processar as agências que descumprem a legislação de segurança. Segundo uma lei de 1994 da Capital, todas as agências deveriam ter portas com detect
Publicado 10/07/2007 10:59 | Editado 04/03/2020 17:12
O presidente do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre (Sindbancários), Juberlei Bacelo, afirma que as medidas ajudariam a diminuir os assaltos aos bancos e reduziriam o risco aos cidadãos.
“A gente tem percebido que boa parte dos assaltos a bancos hoje se dão com o ingresso dos assaltantes via os vidros, já que quebram com marreta ou com extintor, coisa que seria evitada se houvesse a blindagem das fachadas das agências”, diz.
Nesta segunda, os bancários participaram, juntamente com bancos e policiais, de uma audiência com o secretário-adjunto de Segurança Pública, Ademar Stocker. Os sindicalistas reivindicaram a retomada do Grupo de Trabalho de Segurança Bancária, que não se reúne a dois meses, desde que o novo secretário de Segurança Pública assumiu o cargo. Eles também discutiram a criação de um plano conjunto de segurança pública para os bancos e mais medidas nas agências, como colocar grades atrás dos vidros.
Para Juberlei, os bancos deixam a desejar na segurança às pessoas. Além de não cumprirem com as leis, as instituições tentam, de todas as maneiras, burlar medidas para não aumentarem gastos e terem lucros cada vez maiores.
“Há uma dupla responsabilidade: evidente que temos um problema de segurança pública, mas que não afeta somente os bancos. Agora os bancos, pelos resultados que eles têm tido, e por se tratar de alto risco, eles têm condições financeiras de fazer investimentos maiores na segurança”, diz.
O lucro do Bradesco nos três primeiros meses de 2007 foi o melhor dos últimos 20 anos entre os bancos privados, alcançando R$ 1,7 bilhões. De acordo com levantamento do Sindbancários, no primeiro semestre de 2006 ocorreram 86 ataques a bancos, sendo 32 na Capital e 54 no interior. No segundo semestre do ano passado, a violência aumentou, passando para 146 registros. Entre os mortos, estão trabalhadores e cidadãos, principalmente.
Na próxima quarta, o Grupo de Trabalho de Segurança Bancária volta a se reunir, dessa vez com a Polícia Federal, a fim de tentar fazer com que os bancos cumpram as legislações municipais de segurança.
Fonte: Agência Chasque