Metroviários criarão fundo de greve para demitidos

O Sindicato dos Metroviários realiza assembléia, neste dia 20, para aprovar ações em solidariedade aos 61 trabalhadores arbitrariamente demitidos pelo governo José Serra. O governador puniu os funcionários por envolvimento na última greve da categ

Os metroviários devem aprovar a criação de um fundo de greve, que será reforçado por ajuda de outras entidades, como o Sindicato dos Químicos, Simpeem, Sintaema, Fenametro, entre outras entidades. O Sindicato abriu uma conta bancária específica para receber doações para a manutenção dos trabalhadores demitidos e organizar a resistência dos metroviários. A diretoria deve propor também um aumento de 0,4% na mensalidade sindical durante um período de seis meses.


 


Para Wagner Fajardo, presidente da Federação Nacional dos Metroviários, ''a idéia de criar um fundo de greve em solidariedade aos demitidos tem por objetivo garantir um mínimo de possibilidade de resistência. Além das atividades políticas que estamos realizando para buscar a reversão das demissões, estamos tambem entrando com várias ações jurídicas, tanto individuais como coletivas, contra esta arbitrariedade do governo Serra. Na nossa opinião as demissões são ilegais, ilegítimas''.


 


Ato em Defesa dos Serviços Públicos


 


Na sexta feira (17), trabalhadores de diversas categorias profissionais, dirigentes de Sindicatos, Centrais Sindicais, parlamentares e representantes de partidos políticos realizaram um ato em defesa dos serviços públicos de qualidade e em solidariedade aos metroviários demitidos.


 


A tônica do ato foi o repúdio ao autoritarismo do governo Serra, solidariedade aos demitidos do Metrô e com as diversas categorias do funcionalismo estadual que estão em luta por reajustes salariais e melhores condições de trabalho.


 


Foi grande a presença de trabalhadores ligados à segurança pública, representados pela Associção de Policiais da Reserva, Associação de Policiais civis de São Paulo, Sindicato dos Delegados de Polícia e Sindicato dos Trabalhadores da Guarda Civil Metropolitana de SP. ''Os policiais sempre fomos castrados em nossa luta. Agora estamos aprendendo que o policial também é um trabalhador'', discursou o Coronel Cruz, da Associação dos Oficiais da Reserva.


 


Também prestigiaram o ato os deputados federais Ivan Valente (Psol), Zaratini (PT), os deputados estaduais Raul Marcelo (Psol) e Zico Prado (PT). Pelo PCdoB estavam, entre outros, Nivaldo Santana, vice-presidente do Partido em SP, e Jamil Murad, ex-deputado federal e dirigente partidário.


 


Fernando Borgonovi, pelo Vermelho-SP