Marcha pela educação reúne 5 mil em Porto Alegre
Cerca de cinco mil estudantes, professores, e participantes de outros movimentos sociais foram às ruas de Porto Alegre, e realizaram ato em frente ao Palácio Piratini, nesta quarta-feira 22/08, em defesa da educação pública de qualidade, e contra a pro
Publicado 22/08/2007 21:29 | Editado 04/03/2020 17:12
A manifestação estudantil integrou a Jornada Nacional em Defesa da Educação Pública, que acontece esta semana em todo país, Organizada pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) e com apoio de diversos setores como os trabalhadores rurais, movimento negro e de mulheres, sindicatos e outros.
Na capital gaúcha, estudantes de diversas escolas, liderados pela União da Juventude Socialista (UJS), professores organizados pelo Cpers/Sindicato, e os demais manifestantes, também pediram a saída da secretária de Educação Mariza de Abreu. Ela é a idealizadora da “enturmação”. As lideranças também cobraram da governadora a falta de incentivos à educação e a política de desmonte das escolas públicas. A manifestação também pediu ao governo federal ampliação do investimento em educação para no mínimo 7% do PIB, autonomia, expansão de vagas e gestão democrática nas universidades e escolas.
Para o coordenador UJS, Ivandro Rodrigues Moura (Latino), o ato foi de toda a sociedade que está envolvida diretamente com a educação. “É o maior movimento dos últimos cinco anos, justamente porque os estudantes são totalmente contra a “enturmação”, “medida que prejudica em muito o aprendizado”, explicou Latino.
Já o coordenador geral da Associação dos Servidores da Universidade Federal do RS (Assufrgs), José Luis Rockembach, afirma que a marcha foi fundamental para defender a educação. “Este ato unificado por estudantes, professores, técnicos de todas as correntes de pensamento, é para pedir aos políticos em geral e ao governo do estado para não sucatear mais a educação”, completa Rockembach. Quanto a greve dos servidores da Ufrgs, ele diz que haverá uma nova reunião nesta quinta (23), na qual os trabalhadores esperam resposta do governo quanto a reestruturação de carreira.
A Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do RS (Fecosul) apoiou a manifestação com a presença de representantes da entidade e de sindicatos filiados. A direção da Fecosul entende que a luta dos estudantes é de interesse dos trabalhadores e de toda a sociedade. “A educação pública, gratuita e de qualidade faz parte da luta dos trabalhadores pelo desenvolvimento do Brasil e por uma sociedade mais justa e igualitária”, afirma o dirigente da Fecosul, Antônio Rodrigues Machado.
Márcia Carvalho