Lançada a Frente Parlamentar em Defesa do Metrô Público e Estatal

Esta iniciativa tem como objetivo construir um amplo movimento de resistência aos ataques do governo Serra e Metrô, o que inclui a retirada de direitos e conquistas da categoria metroviária, terceirizações, a expansão e privatização do Metrô, entre outros.

Durante o lançamento da Frente foi possível constatar uma ampla adesão de parlamentares, o que fortalece a busca de respostas do governo Serra e Metrô quanto à forma como vêm gerindo os serviços de transporte no Estado.

Esta atividade também contou com a participação de lideranças de outras categorias, da CUT, Conlutas, Intersindical, de representantes da Associação de Moradores da Região de Pinheiros, próximo à cratera da futura estação Pinheiros da Linha 4 – Amarela, entre outras entidades.

Convocação aos parlamentares

Ao final da atividade, os metroviários se organizaram em grupos para visitar todos os gabinetes da Alesp e entregar a todos os parlamentares um dossiê com breves relatos dos seguintes assuntos: a forma repressiva como o governo Serra vem tratando os metroviários, que lutam pela garantia de seus direitos; a parcialidade no trato das questões que envolvem o Metrô, tendo em vista que até agora ninguém foi responsabilizado pelos acidentes ocorridos nas obras da Linha 4 e o modelo de gestão continua o mesmo; e as denúncias de irregularidades e ilegalidades cometidas no Edital de Concorrência Internacional da PPP da Linha – 4.

Junto com este dossiê foi entregue um convite para adesão à Frente Parlamentar em Defesa do Metrô Público e Estatal.

Direito de greve

O repúdio às demissões no Metrô e a defesa do direito de greve pautaram todas as intervenções realizadas durante o lançamento da Frente. Há disposição de todos os parlamentares para pressionar o governo Serra e o Metrô a rever a demissão em massa promovida contra a organização dos metroviários, bem como para impedir que seja aprovada uma Lei Anti-Greve no Congresso Nacional.

Vítimas da cratera da Linha 4

Representando a Associação dos Moradores da região de Pinheiros, Zelma Marinho descreveu com detalhes o sofrimento dos cidadãos que moram na região da cratera aberta na futura estação Pinheiros da Linha 4 – Amarela em 12 de janeiro de 2007.

De acordo com seus relatos, além do trauma psicológico, o que restou aos moradores foram diversos prejuízos em suas casas, como rachaduras, pisos desnivelados, tetos desmoronados, entre outros.

As dificuldades para denunciar estas situações são piores ainda! Nem o Consórcio Via Amarela, e muito menos o governo do Estado, querem assumir a responsabilidade dos seus atos.

Até hoje o governo estadual não deu respostas à população sobre a morte de sete pessoas na Linha 4. Não teve agilidade para tratar essa questão assim como fez com os metroviários.

A Frente Parlamentar em Defesa do Metrô Público e Estatal com certeza se mobilizará para que os responsáveis assumam seus deveres enquanto gestores de obras públicas, garantindo a segurança e os direitos dos cidadãos e trabalhadores.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metroviários de São Paulo