Assembléia golpista tenta distituir presidente do CA 11 de Agosto
Apoiados pelo diretor João Grandino Rodas, parte dos estudantes da Faculdade de Direito da USP realizou uma assembléia, nesta quinta feira, com o objetivo de depor o presidente do CA 11 de Agosto, Ricardo Ribeiro.
Publicado 31/08/2007 18:10 | Editado 04/03/2020 17:19
O conservadorismo do diretor e de alguns alunos foi afrontado pelo apoio do Centro Acadêmico à ocupação simbólica do prédio, realizada na Jornada de Lutas em Defesa da Educação, pela UNE, MST e outros movimentos sociais.
Na ocasião, após ser avisado que o ato era pacífico e duraria apenas até à tarde seguinte, o diretor acenou com acordo aos estudantes acampados, mas rompeu o trato chamando e autorizando a tropa de choque a entrar no prédio e desocupá-lo. Foi a primeira vez desde o período da ditadura (1968) que o Largo do São Francisco foi toamdo pela força policial. Não contente, o diretor trancou a faculdade e dispensou as aulas do dia seguinte para impedir a realização de um ato em desagravo dos estudantes.
Na assembléia desta quinta, a digital de Grandino Rodas também é visível: o diretor cedeu o Salão Nobre da Faculdade para realização da assembléia e colocou a segurança do campus para barrar a entrada de estudantes que não fossem do Direito USP. Nem mesmo alunos de outros cursos da mesma universidade, diretores do DCE USP e da União Estadual dos Estudantes foram autorizados a entrar.
Para o tesoureiro da UEE-SP, Márcio Meinberg, “O diretor Rodas está intervindo diretamente na política estudantil, pois cedeu o Salão Nobre para a realização da assembléia golpista, dispensou os alunos para participarem e colocou a guarda universitária a serviço dos setores de oposição ao Centro Acadêmico”. O dirigente da UEE foi um dos estudantes impedidos de entrar no local.
O CA vai questionar juridicamente a assembléia e convocou, para os dias 10 e 11 de setembro, novas reuniões para debater o ocorrido na ocupação.