MP investiga falta de manutenção na rede ferroviária
O Ministério Público, assim como a Polícia Civil, investiga as causas do acidente ocorrido no dia 30, quando dois trens bateram, deixando oito mortos e mais de 100 feridos. Entre elas está uma denúncia do Sindicato dos Ferroviários sobre a carga de tra
Publicado 04/09/2007 11:53 | Editado 04/03/2020 17:05
A SuperVia formou uma comissão de técnicos para elaborar um relatório que deve ficar pronto em dez dias. O Sindicato dos Ferroviários prometeu paralisar a categoria caso o laudo aponte apenas culpa do funcionário.
A Polícia Civil pretende pedir ainda as gravações com os diálogos entre maquinistas e operadores da sala de controle. O maquinista que conduzia o trem deve prestar depoimento ainda esta semana.
O governo estadual criou uma comissão para acompanhar os trabalhos de apuração do acidente ferroviário, próximo à estação de Austin, município de Nova Iguaçu. Para produzir o relatório conclusivo, a Comissão, que terá como presidente o superindentende de gestão da Agência Metropolitana de Transportes Urbanos (AMTU), Waldir Rugero Peres, poderá solicitar informações, depoimentos e documentos. Além disso, caso se faça necessário, poderá também realizar vistorias e inspeções técnicas. O relatório deverá ser entregue no prazo de 30 dias, a contar a partir do dia 3.
Especialistas em transporte ferroviário informaram que os trilhos têm sensores para avisar a posição dos trens a um centro de controle. Quando o sistema identifica dois trens na mesma rota, o sinal avisa a um dos maquinistas que é preciso parar.
Enterro
Os corpos das duas últimas vítimas da batida de dois trens foram sepultados no dia 2, horas depois de identificados pelo Instituto Médico-Legal (IML).
O corpo de Heleno Paiva da Costa, de 21 anos, foi enterrado no início da tarde no Cemitério Municipal de Nilópolis, na Baixada Fluminense, e o de José Marcelino da Silva, de 65 anos, foi sepultado às 16 horas, no cemitério de Engenheiro Pedreira, em Japeri, outro município da Baixada.
Nove pessoas continuam internadas, em diferentes hospitais da região metropolitana do Rio. Entre elas, o maquinista de uma das composições, Wellington da Rocha, que sofreu politraumatismo.