Metalúrgicos de São Caetano rejeitam proposta de patrões
Os trabalhadores metalúrgicos de São Caetano do Sul rejeitaram, em assembléia realizada ontem, a proposta de reajuste salarial do Sinfavea, representante das montadoras. A oferta é de 4,82%, referentes à reposição da inflação, mais 2,5% de aumento real, e
Publicado 11/09/2007 16:46 | Editado 04/03/2020 17:19
“Noventa porcento da assembléia rejeitou a proposta. Amanhã, às 10h, já teremos a mesa de negociações com empresa instalada”, diz Marcelo Toledo, secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, cuja principal empresa na base é a General Motors.
“Foi uma negociação difícil. O sindicato até considera a proposta razoável. Os trabalhadores rejeitaram como ato de protesto, já que GM mobilizou, através da chefia, para que os funcionários aceitassem a proposta e isso atrapalhou o trabalho do sindicato”, avalia o dirigente.
O sindicalista também alerta para questões que têm causado descontentamento na categoria. Para Marcelo “os trabalhadores estão sendo brutalmente explorados na linha de montagem, o que casua muitos problemas e protestos. Além disso, consideramos os valores do convênio médico, transporte e refeição muito elevados”.
Segundo o secretário geral do sindicato, na rodada de negociações que será aberta amanhã, os trabalhadores apresentarão a proposta de diminuição nos descontos de transporte, convênio médico e refeição, 10% de reajuste e o não desconto de 1,23% adiantados no início do ano.