Justiça chilena concede extradição de Fujimori
O juíz da Suprema Corte do Chile, Alberto Chaigneau, informou nesta sexta-feira (21) que a extradição do ex-presidente peruano Alberto Fujimori foi concedida por sete dos trezes crimes dos quais é acusado no país.
Publicado 21/09/2007 11:34
Nos casos de violações dos direitos humanos em Barrios Altos e La Cantuta, a votação “foi unânime”, definiu o juiz, presidente da segunda vara da Suprema Corte. Nas outras acusações, por crime de corrupção, a decisão foi dividida.
O caso está agora nas mãos do juiz Orlando Alvarez, que deve ditar a ordem para o cumprimento da sentença, depois que a primeira instância havia recusado a extradição. Não há recurso possível para a defesa de Fujimori, e agora a polícia chilena deve prender o acusado, para colocá-lo à disposição das autoridades peruanas. Fujimori estava no Chile desde novembro de 2005, quando foi preso por meio de uma ordem internacional ao chegar ao país vindo do Japão.
Nesta quinta-feira o governo chileno disse que atuará com prontidão para cumprir a sentença e esta manhã o ministro de Justiça, Carlos Maldonado, foi ao Palácio de La Moneda para analisar a situação.
O presidente do Conselho de Ministros do Peru, Jorge Del Castillo, disse que o governo “deve receber com muita tranqüilidade” a decisão da justiça chilena. “Isso demonstra que a posição serena e prudente do governo foi o melhor”.
Del Castillo afirmou ainda que acredita que Fujimori terá um “processo adequado” e que “não deve ser maltratado”, como nenhum outro cidadão. “Sem ânimo de vingança, nem nenhum outro tipo de represália, o povo peruano e seu governo estarão atentos para que se faça justiça”, enfatizou, completando que “o tema não merece destaque exagerado no ambiente político”.
Familiares das vítimas peruanas de violações aos direito humanos expressaram alegria no Palácio dos Tribunais ao saber o resultado da sentença, e um representante da ONG Human Rights Watch entregou um documento com felicitações ao juiz Chaigneau.
Fonte: Ansa Latina