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Campanha marca Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência

Uma campanha em defesa da acessibilidade em todo o país marca o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, comemorado nesta (21). O objetivo da campanha é incentivar a reestruturação das cidades brasileiras, buscando a construção de espaços acessívei

“Os grandes problemas hoje, sem dúvida, são os prédios de uso público. Agências bancárias, lotéricas, hospitais, lojas, restaurantes, todos esses precisam se adaptar e essa é a razão da nossa campanha. Não basta ter lei, ela tem que ser cumprida e é cumprida na medida em que haja cobrança”, disse  Martinha Clarete Dutra, do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (Conade), em entrevista à Agência Brasil.


 


Analfabetismo


 


De acordo com a conselheira, o Conade tem cada vez mais cobrado e acompanhado o processo de mudanças  para melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência. “Nunca houve no Brasil tantas políticas públicas voltadas para a deficiência, como nesses últimos dez anos”, afirmou. “O nosso  movimento social tem se fortalecido”.


 


Martinha Dutra  disse que uma das prioridades na luta dessas pessoas é a educação, já que grande parte das escolas, principalmente as estaduais, ainda é inacessível, tanto na questão física, quanto na pedagógica. Segundo ela, isso justifica a baixa escolaridade das pessoas com deficiência.


 


No Brasil, 22% dos deficientes são analfabetos e a repetência entre crianças e jovens com deficiência é quatro vezes mais. Como parte da campanha em defesa da acessibilidade está sendo distribuída uma cartilha nas escolas públicas de todo o país para sensibilizar os alunos e os gestores e dar mais valor social aos deficientes.


 


As pessoas com deficiência podem buscar os seus direitos, procurando os conselhos municipais. Mais informações podem ser obtidas no Conade, no telefone (61) 3429 – 3673.
 


Integração à Sociedade


 


Para o Movimento pelos Direitos das Pessoas Deficientes (MDPD) as pessoas com deficiência são uma parcela integrante da sociedade e exigem o respeito efetivo aos direitos e responsabilidades que lhes são reservados para participarem plenamente da vida comunitária e contribuírem como seres humanos socialmente úteis.


 


O movimento também é contra o assistencialismo aos deficientes. “As pessoas com deficiência não revindicam benefícios que tenham características de dádivas, privilégios ou concessões, mas reivindicam o que é de pleno direito delas como cidadãos de um país e seres humanos integrais”, diz panfleto distribuído pela organização em São Paulo nesta semana.


 


Os atores do movimento, entre eles alguns militantes do PCdoB, defendem a unidade como instrumento capaz de garantir conquistas. “Apenas uma ação conjunta, consciente e com poder de pressão pode esclarecer e mobilizar o Estado e a sociedade para o diferencial de necessidade das pessoas com deficiência”, conclui o texto.


 


Os integrantes do MDPD estão desenvolvendo várias ações na capital paulista para lembrar e debater o tema no Dia Nacionalde Luta da Pessoa com Deficiência.


 


O MDPD


 


O MDPD foi fundado em 1979 com o objetivo de propor soluções para os problemas que afligem as pessoas com deficiência. O movimento surgiu no momento em que o amadurecimento a respeito das injustiças sociais, fruto de atitudes preconceituosas da sociedade, mobilizaou os deficientes.


 


A organização se reúne mensalmente em clima descontraído e fraterno onde todos podem expor seus pontos de vista e indicarem os caminhos para o movimento. O MDPD é um movimento apartidário, aberto a todos, com deficiência ou não, que desejam lutar por  mais direitos para esta parcela específica da população.


 


Mais informações: 3333-6732 / 98340598.