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Análise do Bradesco expõe dados que a mídia tenta esconder

O jornalista Paulo Henrique Amorim acompanhou nesta quarta-feira (17) a exposição do diretor de pesquisas e estudos econômicos do Bradesco, Octavio de Barros, a respeito de temas ligados à economia brasileira e mundial. Apesar de o setor bancário nacional

Veja a reprodução da exposição feita por PH Amorim, em formato de tópicos, tal qual publicada no sítio Conversa Afiada:



• O Brasil está na lista de compras de todos os investidores globais.

• O apetite para a tomada de risco do setor privado brasileiro é forte –  é o que mostra uma pesquisa com 1200 empresas clientes do Bradesco.

• Esse apetite para tomar risco tem hoje o seu melhor momento, desde que Barros montou a série, três anos atrás.

• Se eu (Barros) fosse classificador de risco dava grau de investimento ao Brasil.

• A crise do subprime americano já “deixou o mundo para entrar na História”.

• Desde 17 de julho – quando a crise eclodiu – para cá, o valor de mercado dos 50 maiores bancos europeus e dos 50 maiores bancos americanos já voltou aos níveis anteriores a 17 de julho.

• Por causa dessa crise não se verá “nenhum cadáver boiando”, nenhuma grande instituição financeira vai morrer.

• O grande debate é sobre em quanto se reduzirá o crescimento econômico americano.

• Os Estados Unidos são 33% do PIB mundial, embora, hoje, a China tenha um impacto maior sobre a economia mundial que os Estados Unidos.

• A duvida é: os Estados Unidos vão crescer 2% ou 1% em 2008 ?

• O mais provável é que cresçam 2% e o mundo inteiro vai ficar feliz.

• E a China vai continuar a nos ajudar.

• O cenário para as commodities é positivo – especialmente por causa da China.

• E esse cenário de commodities – por causa da China – vai durar ainda 10/15 anos.

• Brasil, Argentina, Austrália, Nova Zelândia, Canadá, África, exportadores de commodities, vão se beneficiar com isso.

• O governo chinês decidiu que toda cidade com mais de três milhões de habitantes tem que ter metrô. A China tem 72 cidades com mais de três milhões de habitantes.

• Nenhum país emergente tem o conjunto fantástico de commodities para vender que o Brasil tem: açúcar, etanol, soja, milho, café, cobre, minério de ferro, frutas, bauxita etc etc etc.

• Também nenhum outro país emergente – nem a China – tem uma indústria de transformação apoiada sobre commodities como tem o Brasil (o etanol, a Vale do Rio Doce etc etc)

• O Brasil voltou para o radar.

• O crescimento do PIB será de 4,9% em 2007.

• Entre 1999 e 2003, o crescimento da economia foi, na media, de 1,9% ao ano.

• Entre 2004 e 2007, 4,3%.

• O Brasil já teve a sua fase de urbanização acelerada, como a China de hoje, e
também cresceu dois dígitos: entre 67 e 76, o crescimento médio da economia brasileira foi de 10% ao ano!

• Hoje, há 22 trimestres consecutivos há crescimento do PNB: é o maior ciclo de crescimento econômico dos últimos 15 anos.

• Nos últimos 12 meses, entraram no Brasil US$ 50 bilhões em investimentos estrangeiros diretos.

• A dívida externa brasileira é de US$ 30 bilhões. Dentro de alguns meses, o Brasil vai zerar a dívida externa !

• O Brasil se abriu ao comércio exterior: desde 2002 triplicou o volume de importação e exportação.

• Nenhum país emergente tem uma exportação tão diversificada: o Brasil exporta em percentuais parecidos para os Estrados Unidos, Mercosul, Europa, Ásia.

• A China nem a Índia têm isso.

• O Brasil exporta carne para 156 países.

• Tudo o que é bom valoriza o real.

• O etanol valoriza o real.

• O investment grade.

• O crescimento do PIB.

• Tudo isso valoriza a moeda.

• Em 2008, o dólar será de R$ 1,80.

• Nos próximos três anos, o dólar não vai a R$ 2.

• O que é bom para a inflação, para a renda e para o crescimento do PIB.

• O Brasil teve uma experiência inflacionária que foi a mais dramática da história: maior do que a da Alemanha e a da Argentina.

• Durante 15 anos, o Brasil conviveu com uma inflação anual superior a 1000%.

• A hiperinflação alemã durou dois anos.

• Os juros vão cair inexoravelmente.

• Vai haver uma convergência inexorável entre juros e câmbio.

• Em 2008, a Selic será de um dígito.

• Em 2009, será de 8%.

• O percentual do crédito no PIB passou de 22% em dezembro de 2002 para 33%, hoje.

• Chegará a 34% em 2007.

• O crédito cresceu 30% para a pessoa física nos últimos doze meses.

• O crédito imobiliário – que está muito forte – é apenas 1,7% do PIB.

• Isso não é nada. Na Espanha, o crédito hipotecário é 50% do PIB; na Holanda, 90%.

• O Brasil tem um déficit de oito milhões de moradias.

• Como o mercado de trabalho – emprego – vive a melhor situação dos últimos oito anos, a inadimplência superior a 90 dias é de 7,2% – o que é baixo.

• A inadimplência das empresas também é baixa.

• Em 2008, deverá haver redução da inadimplência, porque os fundamentos econômicos – especialmente o emprego – não mudarão.