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Greve estremece a França

A França amanheceu nesta sexta-feira (19) estremecida pelas conseqüências de uma greve dos trabalhadores dos transportes e também pelo divórcio do casal presidencial. Por Fausto Triana, da agência Prensa Latina.

Um fato parecia vincular-se ao outro e até o Partido Socialista fez um comentário irônico, ao indicar que se tratava de uma estranha coincidência revelar-se o divórcio de Nicolás e Cecília justamente no meio de uma greve geral.



O certo é que, desde a segunda-feira, a mídia francesa assegurava que o casal havia comparecido a um juiz para selar a separação, enquanto a Central Geral dos Trabalhadores (CGT) comemorava o efeito crescente de adesão à greve.



O chefe de Estado francês viajou a Lisboa para participar da cúpula informal da União Européia, enquanto um mar de notícias destacava tanto a separação quanto a greve quase na mesma medida.



Nesta sexta-feira o tráfico ferroviário e de metrô de Paris estava com sérios problemas, embora fosse aguardada uma retomada dos serviços durante a tarde, segundo destacou o correspondente da Prensa Latina. O metrô funciona pela metade, da mesma forma que o serviço de bondes e ônibus.



Porém, não há linhas de trens suburbanos em funcionamento na capital e segue a instabilidade no tráfego ferroviário nacional. Os acessos aos aeroportos de Paris enfrentam congestionamentos de mais de cem quilômetros de extensão.



A CGT qualificou de ''extraordinária'' a mobilização de mais de 300 mil pessoas opntem, que protestaram em diferentes cidades do país, um número que a polícia cortou pela metade. De todo modo, 73,5% dos trabalhadores do setor participaram da greve.



Bernard Thibault, secretário-geral da CGT, destacou nesta sexta-feira que espera maior compreensão por parte do governo e que existam melhores margens de negociação nos encontros marcados para a próxima semana com o ministro do Trabalho, Xavier Bertrand.



O principal ponto de discórdia na reforma do regime especial de aposentadorias se refere ao aumento do tempo de contribuição, dos atuais 37,5 anos para 40, para empregados do setor público de postos estratégicos ou perigosos.