Ariano Suassuna receberá cidadania sergipana

Os deputados estaduais aprovaram na manhã desta quarta-feira (7), por unanimidade, o projeto de resolução de autoria da deputada estadual Tânia Soares (PCdoB) que concede o título de Cidadão Sergipano ao escritor, professor e teatrólogo Ariano Suassuna

O autor paraibano, que recentemente foi agraciado com o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), vai marcar a data de recebimento da homenagem, que será entregue em Plenário.



 
Ariano Suassuna nasceu em João Pessoa, em 16 de junho de 1927. Em 1942, a família Suassuna se transfere para a cidade de Recife e Ariano é matriculado no Ginásio Pernambucano e depois no Colégio Oswaldo Cruz.


 


Quatro anos depois entra para a Faculdade de Direito do Recife, onde conheceu um grupo de escritores, atores, poetas, romancistas e pessoas interessadas em arte e literatura, entre os quais, Hermilo Borba Filho, com o qual Ariano fundou o Teatro de Estudantes de Pernambuco. Concluiu o curso de bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais em 1950.


 


O teatrólogo escolhido para receber a homenagem da Assembléia Legislativa de Sergipe escreveu sua primeira peça de teatro em 1947, “Uma mulher vestida de sol”, obra baseada no romanceiro popular do Nordeste brasileiro e com ela ganhou o prêmio Nicolau Carlos Magno, em 1948. Em 19 de janeiro de 1957, Suassuna casa-se com Zélia de Andrade Lima, com quem teve seis filhos: Joaquim, Maria, Manoel, Isabel, Mariana e Ana.


 


Entre as funções públicas exercidas pelo escritor estão: membro fundador do Conselho Federal de Cultura, do qual fez parte de 1967 a 1973 e do Conselho Estadual de Cultura de Pernambuco, no período de 1968 a 1972. Em 1969 foi nomeado diretor do Departamento de Extensão Cultural da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ficando no cargo até 1974.



 
Lançou em outubro de 1970 o Movimento Armorial, com o concerto “Três séculos de música nordestina: do barroco ao armorial” , na Igreja de São Pedro dos Clérigos e uma exposição de gravura, pintura e escultura.


 


De 1975 a 1978 foi secretário de Educação e Cultura do Recife. Doutorou-se em História pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1976. Foi professor da UFPE por 32 anos, onde ensinou Estética e Teoria do Teatro, Literatura Brasileira e História da Cultura Brasileira.


 


Em agosto de 1989, foi eleito por aclamação para a Academia Brasileira de Letras, tomando posse em maio de 1990, na cadeira número 32, que pertenceu ao escritor Genolino Amado. Dramaturgo, romancista, poeta, ensaísta, defensor incansável da cultura popular, das raízes brasileiras e, especialmente nordestina, é autor de várias obras: Uma mulher vestida de sol (1947): O desertor de Princesa (1948); Os homens de barro (1949, inédita); Auto de João da Cruz (1949); O arco desabado (1952); Auto da Compadecida (1955); O santo e a porca (1957); O casamento suspeitoso (1957); A pena e a lei (1959); Farsa da boa preguiça (1960); A caseira e a Catarina (1962); Romance d’a pedra do reino e o príncipe de sangue do vai-e-volta (1971, traduzida para o inglês, alemão, francês, espanhol, polonês e holandês).