Governos querem inserir agricultura familiar no programa nacional de biodiesel

Inserir a agricultura familiar no Programa Nacional e Estadual de Produção e Uso de Biodiesel nos próximos 10 anos. Este é o objetivo da oficina que encerrou ontem, no Adrianópolis Apart Hotel.

Representantes de sete instituições estadual e federal ligadas à área estão participando do evento. De acordo com o coordenador do Programa de Biodiesel na região Norte MDA/SAF, Rogério Zardo, para a construção do plano estão sendo consideradas a recuperação de áreas já degradadas, com o manejo correto dos recursos naturais, em especial o solo e a água; a viabilidade econômica dos projetos executivos e a repartição justa dos resultados entre os grupos beneficiários. ''É importante destacar que o Plano a ser construído é operacional e executivo'', disse Zardo.


 


A expectativa é de que no final do encontro sejam definidos as funções e papéis de cada instituição. Logo após esta fase, será estruturado um documento intitulado como ''plano estratégico para inclusão da Agricultura Familiar no Programa Nacional e Estadual de Produção e Uso de Biodiesel 2008-2018'', devendo este ser nomeado e validado pela equipe de tal forma que este grupo se comprometa com a implementação do plano de forma harmônica e cooperativa.


 


Zardo afirmou, ainda, que na Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) e no Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam) já existe uma indicação de ações em andamento que sugerem a priorização para o desenvolvimento da proposta em três mesorregiões. Uma dela compreende o polígono representado pelos municípios de Manaus, Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo, a segunda fica na região do Alto Solimões e a outra na área formada entre os Rios Purus e Madeira no eixo da rodovia BR-319 que liga Manaus a Porto Velho.


 


Segundo o presidente do Idam, Edson Barcelos, o Amazonas precisa estar integrado na política nacional de produção de biodiesel, principalmente, por possuir condições favoráveis à produção de óleos.


 


Barcelos diz que, apesar do Estado possuir mais de 40 espécies oleaginosas nativas ainda não existe tecnologia para a exploração e cultivo das espécies amazônicas como fontes produtoras de óleos vegetais em escala comercial. ''O cultivo de espécies já domesticadas e com resultados comprovados em termos técnicos, econômicos, sociais e, principalmente, ecológicos, como é o caso de dendê, passa a ser a melhor opção disponível para a inserção do Amazonas no Programa Brasileiro de Biodiesel'', defende.


 


O presidente do Idam afirma que a iniciativa garante a geração de renda, neutralização da capacidade de desmatamento da agricultura itinerante, além de evitar novos desmatamentos por parte dos agricultores familiares, já que a produção de biodiesel deverá aproveitar as áreas já alteradas, sem a necessidade de novos desmatamentos.


 


Exemplo


 


Exemplo disso é a proposta de reaproveitamento da área do antigo projeto da Emade, já totalmente desmatado, e, atualmente, sem uso econômico significativo, onde será replantado o dendê, desta vez com as novas variedades criadas pela Embrapa, utilizando o caiaué, nativo da Amazônia cruzado com o dendê africano.


 


Assessoria de Comunicação
Sistema Sepror