Entrega de presos das Farc é adiada mais uma vez
A Operação Emmanuel, de entrega dos presos pelas Forças Armadas Revolucionárias Colombianas (Farc) foi mais uma vez adiada neste domingo (30), já que os guerrilheiros não transmitiram as coordenadas para o ponto de encontro, informou o coordenador da m
Publicado 30/12/2007 19:08
“O governo colombiano está colaborando, mas nem eles nem nós sabemos qual é o lugar do encontro”, afirmou Rodríguez Chacín em uma improvisada coletiva de imprensa em um hotel da capital venezuelana.
Chacín expressou sua certeza de que a operação vai ser realizada em breve. “Tenham fé e certeza que isso vai acontecer tão logo tenhamos as coordendas. É preciso ter paciência”.
“No local já estão os helicópteros e instalações médicas. Tudo está pronto. Mas é preciso entender que a patrulha (das Farc) que se move com os prisioneiros tem que tomar precauções”. Rodríguez Chacín é o coordenador venezuelano da Operação Emmanuel.
A falta de informação sobre o local onde serão libertados os retidos impede que a operação passe para a fase seguinte, e por isto os delegados internacionais estão na cidade de Villavicencio aguardando as coordenadas do grupo guerrilheiro.
Desde a tarde de sexta-feira, 28, dois helicópteros venezuelanos com emblemas da Cruz Vermelha aguardam na cidade colombiana de Villavicencio pelas coordenadas do local em que os reféns serão libertados.
Temendo que o Exército colombiano intervenha na operação e assassine os retidos, os guerrilheiros ficaram de informar o local do resgate diretamente a Chacín, que retransmitiria as coordenadas apenas aos pilotos dos aparelhos.
As Farc devem entregar os três retidos ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que após semanas intermediando as negociações entre os guerrilheiros e Bogotá foi retirado abruptamente pelo presidente da Colômbia, Álvaro Uribe.
Os três retidos são a deputada Consuelo González, em poder das Farc desde 2001; Clara Rojas, assessora da ex-candidata à vice-presidência da Colômbia Ingrid Betancourt, retida em 2002; e seu filho Emmanuel, nascido no cativeiro há três anos. Após batizá-la de Operação Transparência, Chávez decidiu chamar a missão de Emmanuel, em homenagem ao menino