Projeto da usina de ondas será apresentado em seminário
O pioneirismo do Ceará no uso de fontes de alternativas de energias será mostrado nesta terça-feira (22/01), no Rio de Janeiro, durante o Seminário de Energias Renováveis no Mar. O evento é promovido do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pe
Publicado 22/01/2008 18:26 | Editado 04/03/2020 16:36
Serão apresentadas as atividades em andamento em energias renováveis do mar, as perspectivas do Programa Nacional de Energias Renováveis do Mar, formalizada a Rede Nacional de Energias Renováveis do Mar, e mostrado o projeto do Conversor de Ondas em Eletricidade. O coordenador de Comunicação e Energias da Seinfra, Renato Rolim, e o diretor presidente da Cearaportos, Erasmo Pitombeira, participarão do evento.
A Coppe é a principal parceira do governo do Ceará no desenvolvimento do protótipo de uma usina de geração energia elétrica por ondas do mar, cujo projeto-piloto será instalado no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, em São Gonçalo do Amarante. A usina, com capacidade para gerar 50 KW, aproveita a regularidade dos ventos e freqüência da ondas do mar no litoral cearense para a produção de energia elétrica. Está prevista a instalação de dois módulos, de 25 KW cada, podendo ser acrescido de mais 18 módulos totalizando uma capacidade de geração de 500 KW.
O projeto é mais um avanço do Estado na área da energia renovável, que a exemplo da eólica, torna o Ceará pioneiro na produção deste tipo de energia, além de caminhar para a auto-suficiência do Estado na produção de energia. A implantação da Usina de Ondas do Mar, que prevê a aplicação de recursos no valor de R$ 6 milhões a serem investidos na fabricação, instalação e monitoramento das duas células da Usina de Ondas Piloto. O projeto busca dinamizar a matriz energética cearense, dando seqüência às pesquisas da Coppe/UFRJ, com apoio do governo do Estado, a Eletrobrás e o CNPq.
Uma das vantagens da usina de ondas é o seu baixo impacto ambiental se comparado às demais formas de produção de energia já existentes, pois se trata de uma fonte limpa de energia e não necessita represar a água. A usina funciona com a ajuda de blocos de concreto que ficam submersos no mar presos à usina por meio de braços de aço. Com o movimento das ondas, esses blocos também se movem e produzem força para bombear a água do mar para reservatórios dentro da usina. A água terá sua pressão aumentada em uma câmara, fazendo com que o jato d'água saia do compartimento com uma força equivalente à de uma queda d'água de 500 metros de altura. Esse jato move uma turbina, que gera finalmente a energia repassada depois para o sistema de distribuição.
Fonte: Seinfra