Alba criará banco alternativo durante cúpula regional
Os chefes de governo de Cuba, Venezuela, Nicarágua e Bolívia criarão o Banco da Alternativa Bolivariana para os Povos da América (Alba) durante a realização da 6º Cúpula deste organismo regional, que acontece esta quinta-feira (23) e sábado, em Caracas.
Publicado 23/01/2008 10:52
O embaixador de Cuba na Venezuela, Germán Sanchéz Otero, disse que a nova instituição financeira “contribuirá para sincronizar a economia dos países da região” e terá sua sede principal em Caracas. Ele comentou também que assim que a iniciativa for concretizada serão estabelecidas as contribuições de cada país, os ativos da entidade financeira e modalidades de financiamento.
O acordo do projeto do banco foi fechado na semana passada mediante a assinatura de um documento de compromisso pelos representantes dos países sócios da chancelaria venezuelana. Deve estar em andamento em 60 dias.
O diplomata cubano não descartou que o Banco do Alba possa ser ampliado a outras nações da região como “mecanismo de desenvolvimento e proteção frente à volatilidade financeira”.
Adesões
Sánchez Otero informou que participarão do evento representantes do Equador e do Uruguai, como países convidados, além da participação “orgânica” do Haiti. Também adiantou que está prevista a incorporação de “um país caribenho” ao grupo, cujo nome não mencionou.
“Esta iniciativa é alvo de muito interesse (…). O Alba vai se configurando por meio de estratégias econômicas, sociais e também posições políticas comuns para avançar em um projeto de integração e união que constituem uma referência no mundo”, disse o embaixador cubano.
A Alba foi constituído em 2004 pelos governos da Venezuela e de Cuba. A iniciativa foi do presidente venezuelano Hugo Chávez, em oposição ao modelo de integração do Acordo de Livre Comércio das Américas (Alca), que era promovido pelos Estados Unidos e excluía Cuba.
Segundo documentos oficiais, a Alba é “uma proposta de integração que se fundamenta na luta contra a pobreza e a exclusão social existente nos países da América Latina e no Caribe” sobre a base da “cooperação, solidariedade e complementaridade”.
Fonte: Ansa Latina