CPI quer o controle do carnaval com a prefeitura e inspeção na Liesa
Apesar de não comprovar a existência de fraude no desfile das escolas de samba no ano passado, a CPI do Carnaval, em seu relatório final, fez algumas recomendações para dar transparência à organização da festa. Entre elas, que a organização do evento pass
Publicado 23/01/2008 18:21 | Editado 04/03/2020 17:05
Segundo o relatório divulgado no dia 21, a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) está substituindo o Poder Público na organização do carnaval. A CPI constatou que o processo para a realização dos desfiles tem falhas, como a possibilidade de os jurados levarem para casa o mapa de notas entre a primeira e a segunda noite de desfiles.
No texto, a CPI considera que houve erros no contrato firmado entre a Riotur e a Liesa, que transfere para a entidade poderes absolutos. Cabe à entidade escolher e substituir jurados, comercializar direitos de imagem, promover publicidade, além de contratar serviços como sonorização e comercialização de alimentação.
Além disso, os vereadores decidiram que a Câmara vai propor uma auditoria na contabilidade da Liesa para tornar público o direcionamento de R$ 100 milhões arrecadados com o carnaval do Rio de Janeiro. Cópia do relatório será enviada ao Ministério Público Estadual.
A CPI também apresentou Projeto de Lei que aumenta o número de jurados de 40 para 50, como forma de reduzir a possibilidade de fraude.
A CPI foi instaurada para apurar possíveis irregularidades na eleição e nos resultados dos desfiles das Escolas de Samba do Grupo Especial no carnaval carioca de 2007. Partiu de uma denúncia da Polícia Federal, em abril do ano passado, de que havia indício de manipulação no resultado do desfile das escolas, em que a Beija Flor de Nilópolis foi a campeã.