Kassab veta projeto que aumenta para 6 meses a licença maternidade
O prefeito Gilberto Kassab vetou a lei que aumentava para seis meses o tempo da licença maternidade para as servidoras públicas do município. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que nos primeiros seis meses de vida, o bêbe seja alimentado apena
Publicado 24/02/2008 19:44 | Editado 04/03/2020 17:19
Kassab apelou para o argumento que a cidade teria ''gastos extras'' para se contrapor à medida, além de não reconhecer como confiáveis os estudos que apontam este prazo de amamentação como mais saudável às crianças.
Entidades da área, como a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Sociedade de Pediatria de São Paulo, criticaram a posição do prefeito e afirmaram em nota que ''São Paulo não pode estar na contramão desse avanço social''.
Os médicos pediram que Kassab reveja o ato ''para o bem da infância do nosso país''. ''A licença-maternidade de seis meses é direito da criança, fundado na ciência moderna. Negá-lo é expor o bebê à privação dos estímulos que fazem crescer o cérebro e desenvolver a inteligência'', dizem as entidades.
Passou em votação no Senado Federal e tramita na Câmara o projeto de Patrícia Saboya que prolonga a licença. As entidades de pediatria afirmam que a medida já é realidade em 72 municípios e 10 estados, além de ter sido adotada em importantes empresas como Nestlé e Cosipa.
Com agências