Venezuela decide fechar fronteira com a Colômbia
O ministro de Agricultura e Terras venezuelano, Elías Jaua Milano, anunciou nesta terça-feira (4) que o governo da Venezuela ordenou o fechamento da fronteira com a Colômbia, em uma situação que já registra movimentos de tropas e a expulsão dos
Publicado 04/03/2008 11:40
''Neste momento, não dependemos em absoluto da Colômbia'', país com o qual a troca comercial bilateral no ano passado chegou a cerca de US$ 5 bilhões, disse.
Há vários meses, a Venezuela impulsiona uma ''orientação estratégica de ir substituindo as importações da Colômbia com (a oferta exportável de) outros países irmãos que realmente apostam na integração'', por isso ''estamos preparados para resolver esta situação de tensão com a Colômbia'', disse Milano.
''Não podemos depender em absolutamente nada de um país que está em uma posição de guerra contra todos seus vizinhos'', afirmou o ministro, e insistiu em que seu governo estava prevendo ''este cenário''.
Nesse sentido, Chávez ''fez grandes esforços para evitar isso, mas, infelizmente, a Colômbia não conseguiu sair do jogo'' imposto pelo governo dos Estados Unidos, disse. Existem setores venezuelanos que também seguem esse jogo, alertou Milano, pedindo que os cidadãos não se deixem ''confundir por estes setores quinta-colunistas que, em vez de se dignificar em torno da defesa da soberania nacional, simplesmente saem desqualificando'' as reações do governo de Chávez.
Prevenção
O ministro acrescentou que, ''neste momento, é necessária uma grande consciência e compreender que a atitude e a posição do governo corresponde a uma análise política e relatórios de inteligência, que indicam que a Venezuela pode ser objeto de uma ação semelhante à sofrida pelo Equador'' no sábado passado.
A atual crise começou após uma operação militar colombiana que concluiu com a morte em território equatoriano do líder guerrilheiro Raúl Reyes, porta-voz das Farc.
A OEA (Organização dos Estados Americanos) deverá liderar nesta terça-feira uma reunião extraordinária do Conselho Permanente formado por 34 estados, para buscar de ''maneira pacífica'' uma solução para a crise entre os dois países, considerada ''grave'' pelo órgão.
O encontro extraordinário será realizado a pedido do presidente do Equador, Rafael Correa, acusado por autoridades colombianas de supostas ligações com as Farc.
Da redação, com agências
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