Morre Arthur Clarke, autor de “2001: Uma Odisséia no Espaço”
O escritor de ficção científica britânico Arthur C. Clarke morreu nesta terça-feira (18), aos 90 anos em sua casa em Colombo, capital do Sri Lanka. Segundo informações do seu secretário pessoal, Clarke teve uma parada cardiorrespiratória às 18h30 (1h30 da
Publicado 19/03/2008 16:16
Físico e escritor, Clarke escreveu mais de 80 livros, incluindo 2001 – Uma Odisséia no Espaço (que ganhou versão cinematográfica sob direção de Stanley Kubrick em 1968) além de cerca de 500 artigos e contos.
Na década de 40, Clarke afirmou que o homem chegaria à lua no ano 2000, uma idéia considerada absurda na época. Muitos creditam ao escritor o mérito de dar uma face mais humana e prática à ficção científica.
Nascido em Somerset, Clarke era filho de um fazendeiro. Durante a Segunda Guerra Mundial, serviu na Royal Air Force (a Força Aérea Real britânica) em um então projeto ultra-secreto de desenvolvimento de radares.
Homenagens
As órbitas geoestacionárias, que mantêm os satélites em posições fixas em relação ao solo, são conhecidas hoje como órbitas de Clarke.
Durante a evolução de sua descoberta, Clarke trabalhou com cientistas e engenheiros dos EUA para desenvolver espaçonaves e sistemas de lançamento, e fez um pronunciamento na sede das Nações Unidas durante as deliberações para o uso pacífico do espaço.
Após o pouso do homem na Lua em 1969, o governo norte-americano disse que Clarke “forneceu o impulso intelectual que nos levou à Lua”.
Em 1989, duas décadas depois do pouso lunar pioneiro da Apollo-11, Clarke escreveu: “2001 foi escrito em uma era que hoje está aquém de um dos grandes divisores de águas da história humana; nós nos separamos dela para sempre no momento em que Neil Armstrong e Buzz Aldrin pisaram no mar da Tranqüilidade. Agora a história e a ficção se tornaram inexoravelmente entremeadas”.
Três desejos
Durante as comemorações de seu 90º aniversário em dezembro de 2007, Clarke fez três desejos: encontrar extraterrestres, que o homem abandone seu hábito petroleiro e que o Sri Lanka encontre a paz.
Clarke esteve pela primeira vez no Sri Lanka na década de 1950, para mergulhar no oceano Índico. Na viagem, encantou-se pelo país, onde vinha morando desde 1956.
Da redação, com agências