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Bush congela retirada de tropas ocupantes do Iraque

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, anunciou nesta quinta-feira (10) em Washington, a suspensão temporária da retirada de soldados ocupantes do Iraque, e reduziu a 12 meses o tempo de estadia das tropas no país.

Em uma intervenção no Cross Hall da Casa Branca, Bush apoiou a proposta do comandante supremo das forças de ocupação do Pentágono no Iraque, o general David Petraeus, que esteve esta semana em uma audiência no Congresso, junto com o embaixador estadunidense em Bagdá, Ryan Crocker.



Petraeus qualificou de ''frágil e reversível'' a situação bélica no Iraque, recomendando ''congelar'' durante 45 dias o retorno das unidades, prazo que começaria em agosto, após a evacuação de quase 30 mil reforços enviados em 2007 para o teatro de operações.



Em relação ao tempo de permanência na ocupação, o chefe da administração americana indicou uma redução de três meses, decisão interpretada como uma resposta às reclamações sistemáticas dos comandantes militares, a partir do esgotamento e estresse diagnosticado entre os efetivos.



''Solicitei ao secretário da Defesa, Robert Gates, para deixar a estadia em 12 meses, para aliviar o peso dos militares e de suas famílias'', assinalou Bush.



As declarações do presidente se caracterizaram por ressaltar supostos progressos no panorama militar, político, econômico e diplomático do país árabe.



''Estamos indo por um bom caminho'', filosofou Bush, que qualificou de ''estratégico'' para os Estados Unidos o êxito na ocupação.



O discurso do presidente ocorre no momento em que cada vez mais protestam contra a presença das tropas no Iraque, manifestações expressadas por setores políticos e a opinião pública nacional.



Congressistas democratas insistem no regresso das tropas e mostram preocupação por possíveis vulnerabilidades surgidas nos Estados Unidos devido aos enormes recursos destinados à ocupação, critérios manifestados nas audiências de Petraeus e Crocker ante o Capitólio.



Por sua vez, mais de 60% dos americanos se opõem à guerra, de acordo com recentes pesquisas de diversos meios de comunicação.



Os Estados Unidos mantêm cerca de 160 mil militares no Iraque, já tendo admitido a perda de quatro mil e 23 soldados e 30 mil feridos.